Itajaí

"Não negocio com grevista", diz Periquito

Médicos e dentistas fazem greve em frente ao posto central

O prefeito Edson Periquito (PMDB) promete ser mão de ferro com a greve dos médicos e dentistas do Balneário Camboriú iniciada ontem e sem prazo pra terminar. Ele afirma que não irá negociar com a categoria enquanto estiverem paralisados e ainda cortou arregos da galera. Enquanto Periquito dá uma de durão, os grevistas começam a se organizar. Ontem, eles passaram o dia em frente ao posto da rua 1500. De branco, carregavam cartazes e faixas nas mãos.

“Não negocio com grevista. Enquanto permanecerem em greve tudo que tínhamos construído até agora volta ao zero. Terão o mesmo tratamento dos outros servidores”, ameaça o prefeito-ave. Peri afirma ...

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“Não negocio com grevista. Enquanto permanecerem em greve tudo que tínhamos construído até agora volta ao zero. Terão o mesmo tratamento dos outros servidores”, ameaça o prefeito-ave. Peri afirma que recebeu a categoria cinco vezes, apresentou o plano de Cargos e Salários e prometeu até dar arrego de diminuição nos horários de trampo. Com a greve, o prefeito ficou fulo da vida e cortou todas as molezas.

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Periquito conta que as rodadas de negociações acabaram na terça-feira e, apesar de ter atendido a categoria, notou que não chegaram a um consenso. Com isso, acredita que não adianta mais gastar saliva com a galera do jaleco branco. “Só converso mediante o poder judiciário, Ministério Público ou se eles finalizarem a greve”, alfineta.

O prefeito informa que o tão esperado plano ainda não foi encaminhado pra câmara de vereadores, pois deve ser analisado de perto pela turma da Contabilidade, pra garantir que o aumento nos salários não irá quebrar os cofres públicos. O homem-pássaro relembra que o salário da categoria está defasado há mais de 10 anos e só ele bolou o tal plano de melhorias. O documento será encaminhado pra câmara no dia 15, uma semana antes dos vereadores saírem em recesso. “A câmara pode fazer sessões extraordinárias pra aprovar ainda este ano”, sugere.

Prontos pra greve

Sem medo da cara feia do prefeito, médicos e dentistas falam que tão prontos pra seguir de braços cruzados. As duas categorias pedem reajuste salarial e a apresentação do plano de Cargos e Salários por parte da prefeitura. Eduardo Figueiredo, do sindicato dos Médicos de Santa Catarina, garante que a greve é legal, já que a galera de jaleco branco tem o direito de lutar por melhores salários. Hoje os dotores ganham R$ 1700 ao mês, mas eles pedem um salário de quase R$ 3,3, e não R$ 2,5 como foi divulgado ontem pelo DIARINHO.

O doutor Eduardo dá um exemplo de como a categoria médica é injustiçada. Ele diz que os médicos que atendem o Programa de Saúde da Família (PSF), que não entraram em greve, recebem R$ 3700, bem diferente da realidade do restante dos médicos. “E é um médico que sai da faculdade e não faz especialização”, compara.

Marcelo Athayde, líder dos dentistas, comenta que agora a luta dos médicos e profissionais da saúde bucal é a mesma. Ontem, primeiro dia de greve, o dentista contou que o movimento teve bastante apoio. Pra sexta-feira, terceiro dia de paralisação, tá marcada uma manifestação em frente da prefa. A concentração será às 14h no alto da Dinamarca.

Povão dá com a cara na porta

Enquanto os grevistas e o governo não se acertam, quem sofre é o povão. Na manhã de ontem, um mini-ônibus com pacientes de Bombinhas pintou no postinho da 1500, mas a galerinha teve que voltar com o rabinho entre as pernas porque ninguém foi atendido devido à paralisação. O motorista e alguns passageiros ficaram cabreiros com a greve e saíram buzinando.

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Quem também passou apuros foi a zeladora Terezinha Martins dos Santos, 45. Hipertensa, a senhora precisa de uma receita médica para tomar o remédio Lozertan e busca o papéli de seis em seis meses no postinho da rua 1500. Ontem à tarde, quando chegou no posto, deu com o nariz na porta. “Não consegui pegar porque não tem médico”, contou indignada, sentada no meio-fio. Terezinha afirma que irá acordar cedo hoje pra bater no posto dinovo. Ela garante que fará a via-sacra todos os dias até encontrar um médico que lhe dê a receita. “Sem o remédio eu morro”, afirma.



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