Numa mobilização inédita, os trabalhadores do comércio hoteleiro, bares, restaurantes e similares realizaram ao meio-dia de ontem uma manifestação num dos principais centros comerciais da cidade: o Balneário Camboriú Shopping. O ato rolou na praça de alimentação, em frente ao restaurante Sapore Speciale, e reuniu cerca de 40 trabalhadores pra protestarem contra a postura do setor patronal, que vem se recusando a negociar um acordo pra convenção Coletiva de Trabalho.
Além da manifestação no shopping, durante toda a quinta-feira dois atores vestidos de garçom, com megafones nas mãos, saíram às avenidas Atlântica, Brasil e Gastronômica pra convidar os trabalhadores ...
 
Já possui cadastro? Faça seu login aqui.
Quer continuar lendo essa e outras notícias na faixa?
Faça seu cadastro agora mesmo e tenha acesso a
10 notícias gratuitas por mês.
Cadastre-se aqui
Bora ler todas as notícias e ainda compartilhar
as melhores matérias com sua família e amigos?
Assine agora mesmo!
Além da manifestação no shopping, durante toda a quinta-feira dois atores vestidos de garçom, com megafones nas mãos, saíram às avenidas Atlântica, Brasil e Gastronômica pra convidar os trabalhadores a participar da assembleia. A categoria se reúne hoje, às 17h, na sede do sindicato, na rua 600, número 701. A assembleia decidirá se eles vão paralisar as atividades do setor.
O que a diretoria do Sechobar [sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Bares, Restaurantes e Similares de Balneário Camboriú e Região] mais temia está se concretizando: às vésperas de uma temporada de verão, estamos na iminência de uma paralisação, com a interrupção das atividades e a perturbação do ambiente de trabalho, quando neste momento todos deveriam estar concentrados em bem servir e ganhar dinheiro, lamenta a presidente Olga Ferreira. Pra ela, a greve é a única alternativa que restou para sensibilizar os patrões.
Salário decente
Há dois meses os funcionários tentam um acordo com o sindicato patronal. A classe reclama que ganha menos do que qualquer trabalhador de outro setor. A presidente do sindicato diz que os trabalhadores pedem salários dignos e não querem fazer faxina, situação a que muitos deles têm se submetido. Garçom é pra atender cliente, lembra. A proposta feita por eles é que o piso salarial seja de R$ 835 até 120 dias da contratação, e R$ 940 após esse período. Os patrões não aceitam o reajuste. Atualmente, o piso é R$ 740.