A greve dos médicos e dentistas concursados do Balneário Camboriú completa uma semana amanhã. São 70 dotores de braços cruzados e sem trampar nos postinhos de saúde. Já os dentistas deixaram à disposição do povão 20% do pessoal pra atender casos de urgência e emergência.
O líder dos médicos, dotô Pedro Cabral, conta que não foi necessário deixar uma parte dos dotores de plantão, como é exigido por lei, pois eles não fazem os serviços de urgência e emergência. Os ...
O líder dos médicos, dotô Pedro Cabral, conta que não foi necessário deixar uma parte dos dotores de plantão, como é exigido por lei, pois eles não fazem os serviços de urgência e emergência. Os médicos da city que estão de braços cruzados são os especialistas dos postos de saúde.
O secretário de Saúde, José Roberto Spósito, afirma que não tem um número exato de consultas que já foram desmarcadas pela ausência dos profissionais. Ele diz que o levantamento é feito apenas no fim do mês, mas confirma que a comunidade já sente a falta dos serviços. Segundo ele, os enfermeiros e funcionários dos postinhos estão tendo que arrumar formas de encaminhar o povão pro pronto-atendimento do bairro da Barra e ao hospital Ruth Cardoso, onde rola atendimento de urgência e emergência. Estamos deixando veículos à disposição pra deslocá-los, explica.
Spósito ainda afirma que as consultas estão sendo canceladas e não há nem data para remarcá-las. Não posso marcar para um dia que não sei, pois não temos previsão de quando eles voltam, lamenta. Ontem, nenhuma consulta foi desmarcada nos postos do centro e no bairro das Nações. Dos quatro médicos que ficavam à disposição por lá pra cada especialidade, dois estão recebendo o povão e dando conta do serviço.
Pra dar conta da demanda no PA, hospital e postinhos, os serviços estão sendo divididos entre os médicos do programa de Estratégia da Saúde da Família (ESF) e plantonistas contratados. São outro tipo de profissionais. Eles são contratados e recebem R$ 75 a hora, enquanto o médico do postinho recebe apenas R$ 14, lascou o dotô Pedro Cabral.
Só 20% dos dentistas
Já os 31 dentistas em greve deixaram à disposição do povão 20% do seu pessoal. A galera está dividida entre o centro de Odontologia e os postinhos de saúde, pra atender o povão que chegar com uma dor grande ou um caso grave. Estamos em greve, mas não vamos deixar de prestar o serviço essencial, afirma o líder dos dentistas, o dotô Marcelo Athayde.
A categoria quer um incremento no faz-me-rir que hoje é de R$ 1,8 mil. Exigem que o salário chegue a uns R$ 3,2 mil com regalias nos horários de trampo. Eles também querem que o arrego saia no plano de cargos e salários, que tá sendo bolado pela prefa.
O que vem de novidade
O secretário de Administração, João Batista, não conta quanto será dado de aumento pros servidores públicos no plano de Cargos e Salários, mas garante que o salário de todos, desde o auxiliar de escritório até os médicos e dentistas irá subir. É um plano que prevê o futuro de todos os funcionários. Claro que ia causar impacto financeiro, adianta João. O papéli é analisado pela turma da Contabilidade da prefa e até sexta-feira deve ser encaminhado pra conhecimento dos vereadores.
Plá na câmara
Hoje à noite os grevistas participam da sessão da câmara de Vereadores. Eles terão o espaço do tema livre pra abrir o berreiro, chorar pelo aumento de salário e, principalmente, tentar a simpatia dos homens da casa do povo pra aprovarem o novo plano o quanto antes.