Quatro horas diárias velejando. Outras tantas dedicadas a ler, ouvir e conversar sobre o esporte que ama: a vela oceânica. Os olhos castanhos da jovem Carolina de Sá Copello parecem mais vivos ao falar da importância desta atividade náutica em sua vida, já que, desde 2005, seus dias foram dedicados ao contato com o rio e o mar. Eu amo velejar. Desde a primeira vez que entrei num veleiro percebi que é o que mais gosto de fazer. Meu sonho é poder viver da vela, mas sei que é difícil, porque poucos apoiam esse esporte, constata.
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Se você passar no início da tarde pela avenida Beira-rio, em Itajaí, verá a garota de 14 anos se preparando pra mais um dia de treino no Saco da Fazenda, talvez analisando de que lado vem o vento ...
Se você passar no início da tarde pela avenida Beira-rio, em Itajaí, verá a garota de 14 anos se preparando pra mais um dia de treino no Saco da Fazenda, talvez analisando de que lado vem o vento. O sonho de Carol é o mesmo de muitas outras crianças que frequentam as aulas de vela e remo da associação Náutica de Itajaí (ANI): poder crescer velejando e, quem sabe um dia, disputar uma Volvo Ocean Race (VOR) ou as Olimpíadas, por exemplo. No entanto, a menina luta contra diversos obstáculos pra alcançar seu sonho. A nossa estrutura não ajuda muito, os barcos também não, o apoio nunca chega. Mesmo assim, eu não vou desistir, bate o pé.
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Pra Carol, a vela é diferente de qualquer outro esporte. Ex-praticante de handebol, futebol e vôlei, a garota diz que nos barcos a paz e uma energia positiva são companhias constantes do velejador. Experiente pra sua idade, as medalhas, os títulos e as viagens são uma prova do talento que necessitaria de apoio pra poder se firmar e alçar voos mais altos. A ANI é o único lugar que temos pra treinar, só que nem aqui nós temos boas condições pra praticar o esporte, cobra.
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