Itajaí

Velhinhos ameaçam fazer manifestações de rua

Decisão da Dilma de achatar pagório tá revoltando aposentados que ganham o faz-me-rir acima do salário mínimo

Se você é aposentado ou pensionista do INSS, ganha acima do salário mínimo e não quer ver seu faz-me-rir ficar ainda mais achatado, então prepare-se para a peleia. Ano que vem será um ano de lutas e manifestações de velhinhos de todo o país, inclusive os da Santa & Bela. É o que prometem as lideranças nacionais de entidades que representam aposentados e que ontem estavam em Brasília pressionando o governo a incluir no orçamento federal do ano que vem grana para que o reajuste seja o mesmo utilizado para o salário mínimo nacional.

A luzinha vermelha acendeu para os aposentados na terça-feira à tardinha, quando Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência da República, anunciou oficialmente o que mais se temia. “Não ...

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A luzinha vermelha acendeu para os aposentados na terça-feira à tardinha, quando Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência da República, anunciou oficialmente o que mais se temia. “Não haverá reajuste real”, disse ele, referindo-se ao faz-me-rir de quem recebe do INSS acima do piso mínimo. O governo tá se dispondo apenas a repassar o índice da inflação do ano

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A revelação foi feira durante uma reunião de negociação com dirigentes de entidades que representam aposentados e de centrais sindicais. Por isso ontem, os velhinhos foram meter pressão nos deputados e senadores. “Mas vai ser mesmo difícil. Ano que vem nosso movimento vai ter que estar na rua e com manifestações”, disse ao DIARINHO Iburici Fernandes, presidente da federação das Associações de Aposentados e Pensionistas de Santa Catarina (Feapesc), que ontem empentelhava a vida de parlamentares do congresso Nacional.

Ainda esta semana, revelou Iburici, os dirigentes de entidades começam a planejar as formas de luta pra entrar 2012 já fazendo barulho.

O que os velhinhos querem

Os aposentados começaram a peleia pedindo 11,7% de reajuste geral. Mas já tavam preparados pra aceitar aquilo que haviam negociado com o ex-presidente Lula (PT): repassar pras aposentadorias acima do piso a inflação do ano mais 80% do produto interno bruto (PIB), que representa o crescimento da economia do país. O cálculo é o mesmo usado pro salário mínimo e que vinha recuperando o poder de contra dos trabalhadores brazucas.

Mas nem isso a presidenta Dilma Rousseff (PT) quer dar pros velhinhos que ganham acima do piso mínimo. A alegação de Gilberto Carvalho é que o reajuste para os cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas que estão nessa situação, do jeito que eles querem, vai gerar uma despesa adicional pra previdência de R$ 8 bilhões.

A inflação do ano e que é usada pros reajustes salariais é medida pelo índice nacional de preços ao consumidor (INPC). A previsão é que feche 2011 com 6,3%. O PIB, que deu uma murchada, tem estimativa de ficar em 2,7%. Isso significa que salário mínimo, que será reajustado a partir de 1º de janeiro, não chegará a 600 pilas, já que ele será calculado com base no INPC e em 80% do PIB.

Parlamentares vão tentar boicotar votação do orçamento

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Por telefone, o deputado federal Paulinho Pereira (PDT), presidente nacional da Força Sindical, garantiu ontem pela manhã ao DIARINHO que mesmo sendo da base aliada de Dilma, o seu partido vai pressionar o governo no congresso Nacional pra que o reajuste dos aposentados que ganham acima do piso seja o mesmo do salário mínimo e que não ocorra achatamento. “Vamos ficar com os aposentados nessa!”, afirmou, de boca cheia.

Esta semana, revelou Paulinho, a estratégia é tentar impedir as votações do orçamento. Como? É simples: tirando o time de campo. “Hoje (ontem) o plenário já está vazio. Temos aqui mais uns 25, 30 deputados que estão conosco e com isso conseguimos derrubar a votação”, espera. A intenção é fazer o governo voltar atrás na sua decisão de só repassar a inflação pra quem ganha mais que o piso mínimo.

Outra estratégia é votar em separado uma emenda ao orçamento, de autoria do próprio Paulinho, que propõe o reajuste de 11,7% pras aposentadorias. Ontem à tarde, a comissão de orçamento da câmara Federal iria começar a analisar o pedido de destaque para a votação. Com a votação em separado, os parlamentares e líderes de bancadas terão que dar a cara pra bater e dizer de que lado estão. Num ano pré-eleitoral, não é muito lucrativo (quando o assunto é voto) ficar mal com uma categoria que, em todo o país, tem mais de 20 milhões de pessoas.

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Perguntado se com toda essa armação no parlamento, há possibilidade do governo voltar atrás e dar o mesmo reajuste do salário mínimo pra todos os aposentados, Paulinho admitiu: “É algo muito difícil de acontecer”.



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