As polícias Civil e Militar de Penha puseram atrás das grades uma quadrilha que usava cartões de crédito clonados pra comprar ingressos pro parque Beto Carrero, entradas pra shows nacionais e internacionais e ainda se hospedava em hotéis da região. Os golpistas Francisco Gecimar dos Santos, 19, natural do Ceará; Adriano Ferreira Franco, 24, do Mato Grosso; Wanderson Fernandes de Oliveira, 27; e Rosilene Silvéria da Silva, 31, ambos de São Paulo; acabaram em cana entre a tardinha e a noite de quarta-feira.
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A polícia Civil de Penha já tava no encalço da quadrilha havia quase um mês. Com a ajuda da PM, os salafrários foram presos nos hotéis Mirante do Bosque, na rua Possidônio Silva Marçal, na Armação ...
A polícia Civil de Penha já tava no encalço da quadrilha havia quase um mês. Com a ajuda da PM, os salafrários foram presos nos hotéis Mirante do Bosque, na rua Possidônio Silva Marçal, na Armação, e na Vila Olaria, na rua Inácio Francisco de Souza, no Gravatá. Esta foi a terceira vez, em menos de três semanas, que a tchurma de golpistas veio pra cidade aprontar das suas.
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Com a quadrilha foram encontrados dezenas de passaportes do Beto Carrero World, bilhetes de passagens aéreas da TAM no valor 600 pilas cada, reservas em uma penca de hotéis da região, notebooks, celulares, ingressos para os shows Rock in Rio e da cantora Britney Spears.
Os trapaceiros também estavam com um monte de cartões de banco e de crédito clonados, além de um documento de identidade falso em nome de Marcelo Oliveira Conde. Esse documento era habitualmente usado por Francisco para retirar os passaportes do parque Beto Carrero, conta o investigador Allan Martins Coelho, da delegacia de Penha.
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A polícia descobriu que Wanderson, único hospedado no hotel Olaria, trouxe pra região outras cinco pessoas, que, sem imaginar que tavam tratando com um golpista, compraram dele um pacote de viagem de férias com ingressos, hospedagem e passagens aéreas.
Pilantras já vieram aqui outras duas vezes
Há cerca de três semanas, Francisco, que é o mentor do bando, mais Rosilene e Adriano se hospedaram pela primeira vez na região. Ficaram nos hotéis Itacolomi e Imperador, ambos no Balneário Piçarras. Durante a estada, compraram 35 ingressos do parque Beto Carrero e, segundo a polícia, revenderam os bilhetes por preços entre R$ 25 e R$ 40.
Na semana seguinte, o trio voltou pra região, se hospedou nos mesmos hotéis e praticou a mesma pilantragem: comprou uma porção de ingressos do parque e fez dinheiro revendendo a preços mais baratos. A essa altura, o golpe já tinha sido identificado, mas a gente não sabia quem eram os autores, explicou o delegado Procópio Batista da Silveira Neto. Dessa vez, pra evitar qualquer suspeita, resolveram se hospedar em Penha.
Foi o pessoal do parque Beto Carrero World quem acionou a polícia. Anderson Peirão, do setor de vendas on-line, contou ao DIARINHO que os golpistas chegaram a comprar 400 ingressos. Cada entrada custa R$ 75. Como não era uma compra feita por uma agência e sim por uma pessoa física, ela chamou a atenção e começamos a monitorar, revelou.
Quando rolou a terceira compra do grupo, esta semana, o pessoal do Beto Carrero avisou os homidalei. O que facilitou a ação da polícia foi a compra da hospedagem também ter sido feita pelo saite do Beto Carrero. Associamos um pedido ao outro e repassamos a informação, contou Anderson.
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Os membros da quadrilha já teriam sido funcionários de um serviço de telemarketing de uma grande empresa. Eles se aproveitaram dos dados sigilosos da clientela para clonar os cartões.
Os quatro foram ontem pra unidade Prisional Avançada (UPA) do Balneário Piçarras pelo crime de estelionato.