Itajaí

Verão é época de congestionamento

Atravancos nas avenidas de Balneário, trânsito lento na BR-101 e travessia entre Itajaí e Navega são alguns dos problemas de mobilidade

As cidades do litoral catarinense recebem durante a estação mais quente do ano quase um milhão de turistas. A previsão da secretaria de Turismo de Balneário Camboriú é receber cerca de 800 mil visitantes durante a semana de Natal e Ano Novo só na Maravilha do Atlântico.

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Esse mundaréu de gente, além de socar a cidade, também causa confusão em outras cidades da região. Aí aparece o problema crônico do verão: o trânsito.

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Esse mundaréu de gente, além de socar a cidade, também causa confusão em outras cidades da região. Aí aparece o problema crônico do verão: o trânsito.

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Basta andar pelas principais avenidas de Balneário pra sentir na pele a bronca. No Itajaí, o perrengue pode ser vivenciado na travessia pra Navegantes, onde se formam longas filas pra usar a barcaça da Santa Catarina Navegação. Numa tentativa de fugir dessa fila, os motoristas podem se iludir pensando na alternativa da BR-101. Porém, a rodovia federal também fica socada de carangos e o anda e para é constante.

O trânsito caótico incomoda os turistas e também deixa injuriados os moradores. O “Auê na orla” analisa hoje as principais broncas para se deslocar durante o verão.

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Movimento na 101 vai aumentar 100%

A principal via de acesso às praias do nosso litoral vai ter, segundo a concessionária Autopista Litoral Sul, que administra o trecho norte da BR-101 em Santa Catarina, um aumento de 100% na circulação de veículos, principalmente no trecho entre Porto Belo e Barra Velha, neste final de ano. Ontem, a rodovia não apresentava pontos de congestionamento, mas o movimento acima da média era um sinal do que está por vir. Se servir de consolo, a Autopista anunciou que, entre os dias 23 de dezembro e 2 de janeiro, só vai realizar obras emergenciais. Tudo para evitar mais atravancos.

Um dos responsáveis pelo setor administrativo da polícia Rodoviária Federal (PRF) em Itapema, José Luiz, disse que ontem o aumento no fluxo de carangas já era visível. José lembra que a operação “Fim de Ano” tá em pleno funcionamento e tem o objetivo de coibir as ocorrências mais comuns na rodovia. “Excesso de velocidade, ultrapassagens em locais proibidos e embriaguez ao volante são as ocorrências mais frequentes e perigosas, mas que serão coibidas pelos patrulheiros”, explica, confirmando que a operação vai até o dia 2 de janeiro.

Pro chefão da Codetran, José Alvercino Ferreira, o principal entrave pro trânsito peixeiro é a BR-101 e as obras que são feitas por lá. Pra Zé, quando a rodovia para, muitos dos descontentes entram em Itajaí e por aqui as ruas ficam cheias. Pra melhorar isso, cutuca Zé, a Autopista precisa avisar com antecedência os mandachuvas do trânsito. “Se o trânsito parar aqui, é por causa da BR-101”, conclui.

No Balneário, leva-se 20 minutos pra andar 1,5 quilômetro de carro

Andar de carango pela avenida Brasil, em Balneário, é um suplício. Por qualquer trecho que você se aventure, vai encontrar filas, movimento intenso e, o que potencializa o problema, os ônibus de turismo ocupando as zonas de embarque e desembarque. Com o bruto na pista até quem pilota um deles reclama. “O trânsito é pesado, faz 20 anos que venho, mas é muito ônibus”, afirma o motorista paraguaio Pablo Pagniagua, 55 anos, que partia pra Assunção, capital do Paraguai, ontem, depois do meio-dia.

Às 11h32, no auge do calor da quinta-feira, o DIARINHO rodou pela avenida Brasil, desde a rua 1901 até a rua 2000. Para percorrer de carro um pedaço de 1,5 quilômetro foram gastos 22 minutos. Isso é um pouco abaixo do tempo que se leva fazendo o trajeto a pé.

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Num trânsito caótico ninguém respeita nada. Os carros avançam sobre os quadrados nas esquinas – que indicam que o trânsito não pode ser obstruído – e também não respeitam as faixas de segurança. Os ônibus fazem manobras arriscadas, estacionam do lado esquerdo da via, em bolsões, com os passageiros descendo no meio da rua. Além disso, milhares de pedestres circulam pelas ruas e calçadas, dando uma sensação de caos.

Abelardo Apolo, 49, veio do Rio Grande do Sul pra curtir o Balneário, mas não gostou do que viu. “É bem complicado ficar nesse trânsito. Vou caminhar mais aqui”, decide. O taxista Fabrício José Gomes, 36, possui 18 de experiência nas ruas do Balneário. Ele tem na ponta da língua o que causa mais transtorno. “Os ônibus de manhã incomodam muito”, conta.

O gestor do Fundo Municipal de Trânsito, Jaime Aldo Mantelli, admite que a Brasil é um problema crônico, pois o espaço é limitado e muito menor do que a demanda exige. Mantelli diz que os ônibus atrapalham demais o fluxo, mas ressalta os trechos sob domínio da BR-101 e de Camboriú, que também são complicadores, porque a prefa acaba não podendo agir sozinha. “Mas os bolsões do lado esquerdo são o pior. Isso só vai ser resolvido depois da temporada, com o fim deles no lado esquerdo”, jura.

Chá de espera na travessia do ferri-bote

O ferri-bote, que faz a ligação entre Itajaí e Navega, é outro gargalo de automóveis da região. Devido ao grande número de pessoas que o utilizam diariamente, as filas por lá já chegaram até o Centreventos, garante o chefão da Codetran, José Alvercino Ferreira, que relata ser normal os carros ficarem esperando até em frente ao píer para fazer a travessia. “O único problema diário que temos no trânsito é o ferri-bote, muito pela grande quantidade de carros e também por pequenas obras que eles estão fazendo no terminal”, conta.

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Esse costume de ficar na fila por ali faz alguns usuários deixarem de marcar compromissos se não houver uma boa margem de tempo. Esse é o caso do técnico em cabeamento estrutural, Luiz Carlos de Miranda, 50 anos, que faz a travessia todo santo dia. Segundo ele, o máximo que já ficou na espera foi 45 minutos, mas a média pra ficar plantado é de 25 minutos. “Eu deixei de combinar as coisas assim em cima da hora, porque eu já perdi compromisso em função de ficar parado”, observa.

Feliz com o para e anda talvez esteja apenas o vendedor Márcio Fernando da Rosa, 44, que tira seu sustento dos carros estacionados há cinco anos. Márcio vende água, salgadinho e balas pra quem tá de saco cheio de esperar. “Se não fosse essa fila, eu não levava o meu dinheirinho todo dia pra casa. Ainda bem que tem”, comemora, enquanto grita pra atrair a clientela.

O diretor de operações do ferri-bote, Diogo Hasse, lembra que as filas devem começar a diminuir com a entrada em operação de uma nova embarcação, com capacidade pra 35 carros e, com ela, garante Diogo, o tempo de espera dos motoras não vai chegar a 20 minutos. “Com o aumento da capacidade de vazão dos carros, o problema vai diminuir consideravelmente, pois todas as obras que estamos fazendo visam melhorar a qualidade do serviço”, avalia.

 

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