O tema deste ano, em todo o Brasil, é o efeito do álcool e outras drogas que afetam a segurança no trânsito. Além das palestras educativas, a Codetran também vai intensificar as barreiras nas baladas pra botar as mãos na galera que sai dirigindo encachaçada.
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Já estamos com as agendas de todas as baladas da região. Vamos intensificar esse trabalho, lasca a assessora de comunicação da secretaria Municipal de Segurança, Marina Assis. Atualmente a Codetran flagra uma média de três motoras bebuns por semana.
Segundo a Codetran, os porradaços nas ruas peixeiras rolam com mais frequência nas vias de movimento mais intenso, que são a Reinaldo Schmithausen, no Cordeiros, Adolfo Konder, no São Viça e Abraão João Francisco, a popular contorno Sul.
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A coordenadoria não tem o número exato de feridos, mas só em julho foram 496 acidentes e quatro mortes. Em agosto, quando os radares foram instalados, mesmo sem funcionar, o número de porradaços diminuiu pra 358 e não rolou nenhuma morte.
Pra tentar diminuir os acidentes, os guardinhas lascam multas pra tudo que é lado. São 1100 todo mês. Em agosto os agentes trabalharam com os radares móveis e foram 2340 multas, informa Marina.
Maravilha do Atlântico
Balneário Camboriú também tem uma programação intensa de palestras e barreiras educativas. De acordo com o secretário de Segurança da city, Dão Koeddermann, as blitze serão montadas nas divisas do município com Itajaí, Camboriú e Itapema. No próximo domingo, vamos reservar uma espaço na Beira-rio e na Atlântica para as pessoas andarem de bicicleta, patinete e outros meios que não sejam carros, antecipa.
Desafio aponta o melhor meio de locomoção
Pedestres, motociclistas, ciclistas, motoras e passageiros de ônibus encaram hoje mais um desafio Intermodal entre Balneário Camboriú e Camboriú. O encontro anual, organizado pela associação de Ciclismo de Balneário Camboriú e Camboriú (ACBC), consiste em avaliar qual dos meios de transporte é mais viável do ponto de vista de eficiência, consumo de energia, poluição do meio ambiente e satisfação do usuário.
A largada pro desafio será às 18h30 na prefa de Balneário Camboriú, de onde todos os participantes saem juntos. Eles precisam chegar à prefa da Capital da Pedra no menor tempo possível, respeitando a sinalização de trânsito. Motoras, motociclistas e quem for de latão vão enfrentar um percurso de pouco mais de seis quilômetros. Já os pedestres e ciclistas vão percorrer 4760m.
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De acordo com Henrique Wendhausen, presidente da ACBC, a ideia é que os participantes simulem a volta pra casa depois do trabalho. Ainda é necessário mostrar para o poder público que a bicicleta é uma aliada da qualidade de vida urbana, justifica o organizador. O desafio Intermodal é organizado desde 2006 em todo o Brasil.
São Viça tem o trânsito mais perigoso
O bairro São Vicente é o mais perigoso da cidade, avalia o bagrão da Codetran, William Gervasi. Um dos mais populosos de Itajaí, o São Viça tem todas as ruas com sentido duplo, o que aumenta a periculosidade. Hoje os condutores têm 12 alternativas de direção em cada cruzamento. Isso aumenta as chances de acidentes. O bairro eleva as estatísticas de acidentes, são mais de 100 todo mês só no São Vicente, conta. William diz que a maioria dos acidentes envolve carros, mas os motoqueiros são os que mais se ferram. Porque o para-choque é a testa, diz.
Segundo William, o que diminuiria o número considerável de acidentes no São Viça seria a implantação do sistema binário, onde as principais ruas do bairro teriam o sentido alterado pra mão única. Mas o projeto está parado porque há uma resistência grande dos comerciantes, explica. Pra amenizar o perrengue, a Codetran já instalou duas sinaleiras e pretende instalar mais duas em dois cruzamentos do bairro.
O presidente do núcleo Comercial da Estefano José Vanolli, Alfonso Debatim, diz que a maioria dos comerciantes são contrários à implantação da mão única na Estefano justamente por medo de acidentes, porque pensam que os motoras transformariam a via numa pista de corridas.
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Como vai ser feito esse controle de velocidade? A gente sabe que não tem guarda de trânsito pra isso. E a noite? Como vai ser feita a fiscalização? questiona. Alfonso diz que não é a favor da mão única, mas fala que gostaria de conhecer melhor o projeto pra ter uma opinião mais concreta.
Não podemos rejeitar um projeto que pode deixar a rua melhor do que está hoje, reconhece. O ideal pra ele é deixar o sentido da Estefano em mão dupla e implantar o binário nas outras vias do bairro. O que deixa o comerciante fulo da vida é a falta de investimentos na principal rua do bairro.
O último investimento na Estefano foi no século passado. A prefeitura gastou R$ 90 milhões pra implantar ciclovias na Adolfo Konder. A obra até hoje não está pronta e a ciclovia fica cheia de poças de água, e na Estefano, onde tem o comércio, onde se arrecada os impostos, não se investe um real, lasca.