Itajaí

Boleirada abre guerra contra o calendário

Excesso de partidas e pouco tempo pra férias por causa da pré-temporada irritam jogadores de todo o Brasil

“Por um futebol melhor para todos” é o lema da página Bom Senso FC, criada pelos jogadores de futebol profi, numa campanha contra o calendário do futebol brazuca pra 2014, divulgado no final da semana passada pela CBF. Entre os motivos da revolta estão o excesso de jogos e o início precoce do campeonato, com os estaduais começando já no dia 11 de janeiro. O campeonato Brasileiro deste ano, por exemplo, termina no dia 8 de dezembro e a final do Mundial de Clubes, que pode ser entre Galo e Bayern de Munique, tá marcada pra rolar no dia 21 de dezembro.

A boleirada lançou, através da página Bom Senso FC, no Facebook, uma carta oficial onde pede uma reunião com a CBF pra discutir o calendário. A entidade ainda não se pronunciou sobre o assunto. “ ...

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A boleirada lançou, através da página Bom Senso FC, no Facebook, uma carta oficial onde pede uma reunião com a CBF pra discutir o calendário. A entidade ainda não se pronunciou sobre o assunto. “Devido ao curto período de preparação proposto e ao elevado número de jogos em sequência, decidimos nos reunir, de forma inédita e independente, para discutir melhorias em prol do futebol”, diz trecho do documento assinado por 75 atletas dos clubes das séries A e B do Brasileirão, como Alex (Coxa), Rogério Ceni (São Paulo), Pato (Corinthians) e Juninho Pernambucano (Vasco). Da Santa & Bela só assinaram André Rocha (Figueira), Fabinho, Leonardo, Marcel e Serginho, todos do Tigre.

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Pelo calendário apresentado, os estaduais começam no dia 11 de janeiro e vão até 13 de abril, com 21 datas. Por causa da copa do Mundo, o Brasileirão começa no dia 20 de abril e tem nove rodadas até a pausa de 45 dias pro Mundial. Depois volta em 16 de julho e rolam mais 29 rodadas, fechando em 7 de dezembro. Se algum clube chegar na final da Sul-Americana, vai até 10 de dezembro. E ainda tem o Mundial de Clubes, que termina no dia 20.

Pra respeitar a lei de 30 dias de férias que todo o trabalhador tem direito, os clubes precisam dividir essas férias em duas. Sendo 15 dias entre o final deste ano (os primeiros dias de 2014 seriam de “pré-temporada”) e mais 15 durante a copa do Mundo.

O presidente em exercício da federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), Alfredo Sampaio, defendeu ontem, em entrevista à rádio ESPN Brasil, que a boleirada vá até o fim nessa luta, nem que tenha que fazer greve nas rodadas finais do Brasileirão.

Fazendo contas

Um ano tem 52 semanas. Um boleiro de time de Série A que vá pra pré-Libertadores e chegue na final do seu estadual vai fazer 42 jogos em 19 semanas. Isso antes da copa do Mundo. Depois de 45 dias sem partidas por causa do Mundial no Brasil, ele joga mais 29 jogos pelo Brasileirão. Na copa do Brasil ele entra nas oitavas de final, fazendo entre dois (se cair de cara) a oito jogos (se for finalista). Isso, claro, se ele não for pra final da Libertadores (mais quatro jogos) e nem pro Mundial de Clubes (mais dois). Ou seja, se ele jogar todos os jogos e o time dele for campeão de tudo, vai jogar 82 partidas no ano.

Normal nos Isteites

Se no Brasil nunca rolou uma grande greve de atletas no esporte ou sequer tinha se cogitado um dia fazer isso até a “revolta dos 75”, no exterior isso é pra lá de comum. Os Isteites são os especialistas em greve de atletas. Só na NBA já foram quatro. Na última, em 2011, eles ficaram parados por cinco meses e conseguiram reduzir o calendário da temporada regular pra 66 jogos. Também já foram quatro greves no campeonato de hóquei. A última na temporada passada (2012/2013), com quatro meses de paralisação e queda de 48 partidas na temporada. A NFL (futebol americano) já teve greve até de árbitros, em 2011 a paralisação dos atletas cancelou o jogo do Hall da Fama. Mas ninguém ganha do beisebol e suas oito paralisações. A última foi a maior. Foram 232 dias entre agosto de 1994 e abril de 1995, cancelando os playoffs e diminuindo a temporada seguinte de 162 pra 144 partidas.

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