Itajaí

Saiu da cadeia e matou por garrafa de cachaça

Morador de rua morreu com uma facada nas costas, bem na porta do salão paroquial

O andarilho Marcelo Zeferino dos Reis, 36 anos, morreu ontem de madrugada com uma faca cravada nas costas e o rosto desfigurado a golpes de pedra. O motivo não poderia ter sido mais besta: a briga por uma garrafa de cachaça. O assassino seria o amigo de rua, Roberto Carlos Moreira da Cruz, 38, que saiu da cadeia na noite anterior. O crime rolou na porta do salão paroquial da igreja Matriz de Camboriú, que fica na rua Manoel Anastácio Pereira, bem no centro da city. Marcelo costumava dormir ali.

Era por volta das 6h30 da matina quando o carola José Luiz da Cruz, o Zé, administrador da paróquia Divino Espírito Santo, passou em frente ao salão paroquial e viu sangue pela porta, paredes e ...

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Era por volta das 6h30 da matina quando o carola José Luiz da Cruz, o Zé, administrador da paróquia Divino Espírito Santo, passou em frente ao salão paroquial e viu sangue pela porta, paredes e calçada. Ele é cardíaco e quase caiu pra trás quando enxergou o andarilho caído de bruços e com a faca enfencada nas costas.

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Mesmo assustado com a cena, o administrador da paróquia não teve medo de questionar outros dois homens que tavam na mesma marquise, bem pertinho do defunto e que também seriam moradores de rua. “Eu perguntei o que tinha acontecido: ‘Vocês não viram que ele tá morto?’”, contou. De acordo com Zé, um dos andarilhos já tava em pé e saiu andando, como se um cadáver na calçada fosse algo normal.

O outro morador de rua, que dormia perto do cadáver, acordou espantado, pegou as poucas coisas que tinha e vazou na direção oposta. “Ele ficou muito assustado, por isso acho que não foi ele, porque essa gente bebe demais e acaba dormindo mesmo”, arriscou dizer Zé. O carola mora perto da paróquia, mas diz que não ouviu nenhum barulho durante a madrugada.

O chefão do setor administrativo da paróquia Cristo Rei nunca havia visto um morto sem tá arrumado dentro do caixão e dificilmente vai esquecer a cena: corpo estendido no chão, de bruços, com uma faca de cozinha cravada no lombo, o carão desfigurado e sangue escorrendo. “Estava com o rosto coberto por um agasalho e com uma coberta que ia até as costas, mas dava pra ver a faca, tinha também um paralelepípedo do lado da cabeça”, detalhou. A suspeita é que, além de ter levado a facada, o mendigo também teve a cara socada na pedra.

Ainda tava com camisa suja de sangue quando foi preso

Com a camisa ainda suja de sangue, o ex-presidiário Roberto Carlos Moreira da Cruz, 38 anos, foi preso ontem à tarde, perambulando pelo centro da cidade. À delegada Daniela Souza, ele admitiu que matou o companheiro de rua.

Mesmo com uma testemunha apontando o cara como o autor, no começo Roberto negou o crime. Alegou que tava junto com o rapaz morto, mas que havia outros três moradores de rua também. Um se chama Luquinha e os outros dois, afirmou, não conhecia. “Ele disse que os desconhecidos é que mataram. Um deu as facadas e o outro a pedrada. Falou que tava sujo de sangue por tentar defender a vítima”, contou a delegada.

Mas a história de Roberto não colou. A polícia já tinha a informação de que foi o ex-presidiário que matou Marcelo. Quando a delegada avisou ao suspeito de que ele iria ser preso de qualquer forma, pois havia o depoimento de uma testemunha e que se ele atrapalhasse o trampo da polícia ia ser pior, Roberto voltou atrás e mudou a versão, confessando ter sido o autor do assassinato.

Na segunda história contada por Roberto,ele disse que dormiam na marquise ele, Marcelo e Luquinha. Tavam diboa, quando os dois colegas começaram a bater boca por uma garrafa de pinga. A discussão teria evoluído pra porrada. “Ele (Roberto) falou que entrou na briga pra defender Luquinha que é mais velho, que tirou a faca da vítima e a esfaqueou pelas costas e, com ela caída, acertou a cabeça com a pedra”, detalhou a delegada.

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Roberto saiu da penitenciária da Canhanduba às 19h30 de quarta-feira. Cumpria um ano e quatro meses de cadeia por apropriação indébita. Nem 24 horas depois, o morador de rua voltou pra cadeia. Dessa vez, com um crime bem mais grave no currículo: homicídio.






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