Itajaí

Mototaxista foi executado por engano

Mesmo com a morte dos bandidos, que foram assassinados, família de trabalhador vive com o fantasma do medo

Depois de quase cinco meses de investigações, os tiras da divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú desvendaram o assassinato do mototaxista Luís Fernando de Oliveira, o Luizinho, 20 anos, quando chegava no trampo, no bairro Monte Alegre, em Camboriú. A investigação apontou que os matadores foram Weslley Barbosa Nunes, mais conhecido pelos apelidos de Leli e Mijão, de 15, e Leonardo Henrique Silva Oliveira, 17, dois pivetões que, por ironia do destino, também foram fuzilados em junho.

O delegado Osnei Valdir, chefão da DIC, não tem mais dúvidas que a execução de Luizinho, que rolou na noite de 11 de maio deste ano, no bairro Monte Alegre, em Camboriú, foi mesmo por engano. O ...

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O delegado Osnei Valdir, chefão da DIC, não tem mais dúvidas que a execução de Luizinho, que rolou na noite de 11 de maio deste ano, no bairro Monte Alegre, em Camboriú, foi mesmo por engano. O rapaz era trabalhador, não tinha antecedentes criminais e nem amizade com bandidos. A conclusão do inquérito foi divulgada ontem pela polícia, que apontou ainda que o crime foi cometido por Leli e Leonardo, dois pivetes cheios de broncas relacionadas ao mundo do crime, principalmente ao tráfico de drogas.

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Pra chegar aos assassinos, os tiras contaram com a ajuda de testemunhas. No dia do crime, por volta das 21h, dois moleques foram até o local de trabalho de Luizinho, o ponto de Mototáxi Alves, na rua Monte Agulhas Negras, e perguntaram por um mototaxista chamado Tiago, que não tava por lá. Naquele exato momento, Luizinho chegava no local de motoca. Os pivetões não pensaram duas vezes e, sem falar nada, começaram a atirar no coitado do trabalhador, que foi pipocado seis vezes e não resistiu. O jovem mototaxista morreu de graça.

Os assassinos saíram em disparada, só que não se deram conta que passaram pela frente de uma loja de materiais de construção a poucos metros do ponto e que tem sistema de câmera de segurança. A polícia foi atrás das imagens e viu quando os pivetes passavam em direção ao ponto de mototáxi e, depois da execução, voltaram correndo pelo mesmo caminho.

Foi graças às gravações que os tiras da DIC chegaram à identificação de Weslley e Leonardo. Depois repassaram as fotos pras testemunhas que reconheceram os dois moleques como os malacabados que meteram azeitonadas no trabalhador.

Mas, apesar da identificação, nenhum dos dois moleques vai pagar pelo crime. Eles, por uma ironia trágica do destino, foram mortos em junho. Leli no dia 9 e Leonardo no dia 13 de junho. Os assassinatos rolaram no Monte Alegre, mesmo bairro em que mataram Luisinho. A polícia não informou se a morte dos bandidinhos tem a ver com o homicídio do mototaxista.

Família ainda vive com medo

A família de Luisinho soube ontem, pela imprensa, que a polícia descobriu os assassinos. “Não sei quem matou, a polícia não falou nada para gente e a gente não foi atrás pra saber quem foi. Largamos tudo nas mãos de Deus e nada vai trazer ele de volta. É um pedaço de mim que foi arrancado”, disse, amargurada, dona Carmelita de Oliveira, 50 anos, mãe do mototaxista.

A dona de casa, que tem mais três filhos e uma filha, revelou que a família vive sob o fantasma do medo, mesmo sabendo agora que os dois assassinos já estão mortos. “Tenho outros três filhos e uma filha, além de netos. Tenho medo sim, não quero que nada aconteça com eles”, afirmou.

Pivetes eram mesmo do mal

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Segundo a polícia, Mijão tinha antecedentes por tráfico e havia sido identificado como autor de outros dois homicídios ocorridos em 2011. Além disso, quando tinha 12 anos, teria sido apontado como autor de uma tentativa de estupro. Ele e o parceiro Leonardo estariam envolvidos com uma quadrilha de traficantes.



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