Uma cabrita foi incendiada no começo da noite de ontem na travessa André Barbi, no conhecido beco das Marrecas, na esquina com a rua Brusque, no centro de Itajaí. A CG 150 preta, placa MEI 5456 (Itajaí), é do auxiliar operacional Jaison Rogério Bolda, 29 anos, que, depois da sacanagem de ontem, vai ter que voltar a fazer o trajeto até o trampo, em Navegantes, de zica. Não há suspeitos pela maldade.

Já passava das 20 horas quando Jaison voltou de um rolê com um amigo e deu um bizu na motoca, que deixava estacionada na travessa, no lado do prédio onde mora com a família. “Eu cheguei, vi ela inteira e logo vieram me chamar pra dizer que tava pegando fogo,” contou o trabalhador ao DIARINHO. “As janelas do apartamento ficam pro lado de lá, não vi nada”, completou.

De acordo com os policiais militares que atenderam a ocorrência, vizinhos contaram que um Corsa vermelho tava estacionado no local com uma das portas abertas e que o veículo saiu em disparada assim que a cabrita começou a torrar. O Corsinha teria fugido em direção ao bairro Dom Bosco. “Não imagino quem possa ter feito isso”, afirmou Jaison, que jura não ter inimigos e garantiu que nunca teve treta com ninguém.

Como no prédio onde mora não tem garagem, Jaison deixava a motoca todo santo dia no mesmo lugar e sem cadeado, na confiança de que nunca seria roubado e, muito menos, que o veículo fosse incendiado. “Eu moro há 20 anos nessa rua, conheço todo mundo, não achei que aconteceria algo assim”, soltou o trabalhador, já conformado com a perda. “Ainda bem que ninguém está machucado”, emendou.

A motoca é modelo 2007. Foi comprada usada e custou R$ 3 mil. Ela já tava paga, mas o rapaz ainda não havia transferido o documento pro seu nome. Agora, adiantou Jaison, vai ter que economizar pra comprar uma nova cabrita. “Porque não é fácil ir pra Navegantes todo dia trabalhar de bicicleta”, reclamou.

Os bombeiros foram chamados, mas quando pintaram na rua Brusque a motoca já tava destruída. Pra polícia não resta dúvida: a moto foi incendiada. Como os comércios próximos ao local não têm câmeras de seguranças, serão as câmeras de monitoramento da PM, espalhadas pela city, que poderão ajudar a polícia a identificar o carango supostamente usado pelos incendiários.