Ela conta que os acidentes em geral rolam à noite, na saída das baladas de Balneário Camboriú e da praia Brava. Eles voltam completamente doidos, com som alto e velocidade ao extremo, diz Aixa. A moradora ressalta que a falta de placas, redutores e lombadas informando a velocidade resulta em acidentes e batidas.O resultado dessa imprudência é a falta de luz no bairro inteiro, relata, sobre os constantes porradaços num dos postes da rua.
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O DIARINHO foi até o bairro trocar uma ideia com outros moradores. André Trindade tem casa a 40 metros do poste preferido dos motoras barbeiros. Segundo ele, sábado passado o povão de Cabeçudas ficou sem luz por quatro horas. Essa curva é muito perigosa. Num dia, aconteceram duas batidas no mesmo local, afirma. Para André, a solução seria, além de programas educativos para os motoras, instalar uma lombada a fim de reduzir a velocidade dos carangos.
Fernanda Menegolo, 26 anos, mora pertinho da curva onde rolam as batidas. E garante: as porradas são frequentes. A cada duas semanas. O poste, que vira e mexe é beijado, é o único obstáculo para os carros não invadirem a casa dela.
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Associação de Moradores
O presidente da associação de Moradores de Cabeçudas, Zenaldo Feuser, ressalta que o número de acidentes que ocorrem na rua Tereza Francisca Pereira cresce a cada dia. A região ainda tem outros dois locais, segundo ele, tenebrosos: as ruas Floriano Peixoto e Juvêncio Bocaiuva. A única solução é instalar redutores de velocidade, diz o bambambã.
De acordo com Zenaldo, a associação vem desde o início do ano pedindo para a prefa peixeira uma solução. Ele garante que, há duas semanas, conversou com a secretária de Segurança do Cidadão, Susi Bellini, e a abobrona teria prometido instalar oito redutores de velocidade até o verão.
Assim como Aixa, Zenaldo está preocupado com os motoras que saem das baladas da região e cortam caminho por Cabeçudas. Geralmente, eles estão alcoolizados e acabam causando acidentes.
Zenaldo acrescenta que o poste no final da Tereza Francisca Pereira foi derrubado mais de 10 vezes. É necessário o policiamento dos agentes de trânsito nas saídas dessas festas, para evitar acidentes, pede.
Lombada? Sem chance, avisa Codetran
Por meio de assessoria de imprensa, a coordenadoria de Trânsito de Itajaí (Codetran), informou que até segunda-feira à tarde o órgão não tinha recebido nenhuma reclamação dos moradores de Cabeçudas sobre batidas no local. Mesmo assim, a Codetran adiantou que é impossível instalar uma lombada na rua, por ela ser cheia de curvas.
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Susi estuda instalar passagens elevadas
A secretária Susi Bellini informou que ainda não recebeu o relatório do presidente da associação informando os locais para possível instalação de lombadas, como combinado há duas semanas entre eles.
Susi garante que, após receber o documento, vai encaminhá-lo à secretaria de Urbanismo para os engenheiros de tráfego avaliarem a necessidade das lombadas na rua. Ah, lombada não. Segundo Susi, a ideia é construir aquelas faixas elevadas, parecidas com as da avenida do Estado Dalmo Vieira, em Balneário Camboriú.
Vai bizolhar
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O chefe da agência Regional da Celesc de Itajaí, Iron Silva, não soube dizer quantas vezes o poste da quinta curva da Tereza Francisca Pereira foi alvo de batidas. Mas prometeu que esta semana daria um pulo na rua pra estudar o que poderia ser feito no local.