A dona justa determinou o afastamento de três cuidadores do abrigo Novo Amanhecer, uma instituição da prefa de Itajaí que cuida de menores em risco social. O ministério Público vai investigar suposta violência cometida por policiais militares contra um menino de apenas 14 anos. As decisões foram tomadas com base nas investigações da defensoria Pública do Estado e da curadoria da Infância e Juventude do Ministério Público, que atua na comarca de Itajaí.
Os funcionários afastados são Tiago de Oliveira César, Suemi Meurer e Antônia Vieira, 39 anos. Eles são acusados de negligência por não terem feito nada para impedir a surra que teria sido dada no guri pelo PM. Além disso, Antônia ainda teria promovido uma sessão de intimidação para cima dos dimenores do abrigo, que deram depoimento sobre o caso. Pela decisão, os três funcionários da prefa não poderão trampar com crianças por, pelo menos, cinco anos.
O caso da suposta agressão do fardado vai ser investigado separadamente num inquérito policial. Uma cópia da investigação da defensoria Pública e da curadoria da Infância do MP foi encaminhada ontem ...
Os funcionários afastados são Tiago de Oliveira César, Suemi Meurer e Antônia Vieira, 39 anos. Eles são acusados de negligência por não terem feito nada para impedir a surra que teria sido dada no guri pelo PM. Além disso, Antônia ainda teria promovido uma sessão de intimidação para cima dos dimenores do abrigo, que deram depoimento sobre o caso. Pela decisão, os três funcionários da prefa não poderão trampar com crianças por, pelo menos, cinco anos.
O caso da suposta agressão do fardado vai ser investigado separadamente num inquérito policial. Uma cópia da investigação da defensoria Pública e da curadoria da Infância do MP foi encaminhada ontem ao promotor Jorge Ourofino da Luz Fontes, da 2ª promotoria, que é responsável pelo controle externo da atividade policial. Ele vai determinar a instauração de um inquérito policial e pretende ouvir os dois PMs envolvidos. O nome dos policiais não foi divulgado.
A confusão
A violência, segundo o defensor Tiago Rummler, aconteceu em 15 de setembro. O menino agrediu uma funcionária do Novo Amanhecer e, ao ser impedido por Antônia de continuar batendo na mulher, deu uma pedrada no rosto da cuidadora. No mês anterior, o mesmo pivete já havia promovido um quebra-quebra no Lar da Criança Feliz, um abrigo tocado por uma ONG.
A polícia Militar foi chamada no Novo Amanhecer, e um fardado levou o menino aos fundos da instituição e teria lhe dado uma surra. Para o defensor público, a violência não se justifica, mesmo o garoto tendo atacado duas funcionárias. O menino agiu errado e deveria ser responsabilizado por isso. Só que da forma correta, e não como foi feito, carcou.
Para piorar a situação, Antônia teria armado uma sessão de intimidação contra os internos do abrigo, que foram até o ministério Público depor sobre a suposta violência da PM e a vista grossa dos funcionários. Primeiro, ela teria dito aos garotos: Se a polícia souber que vocês foram lá, não vai gostar. Depois, convidou os dois PMs para um café na instituição e os apresentou aos meninos. O policial apertou a mão de cada um dos internos. Isso foi uma ameaça, uma intimidação. Foi mais grave ainda do que todos os fatos, acusou Tiago.
Vão trampar com adultos
Everton Wan-dall, chefão da secretaria da Criança, do Adolescente e da Juventude da prefa de Itajaí, informou que os três cuidadores já estão afastados desde o dia da confusão, sob alegação de tratamento psicológico. Ele afirmou que está sendo feito um relatório sobre o caso, o qual será encaminhado à procuradoria da prefa, para avaliar a instauração de um processo administrativo para investigar o caso.
O abobrão pretende colocar o trio para trampar na Casa de Apoio, que dá apoio a moradores de rua.