Agentes da diretoria Estadual de Investigação Criminal (DEIC), de Floripa, assumiram as investigações da explosão de um caixa eletrônico do Bradesco que rolou na manhã de ontem, no bairro Monte Alegre, em Camboriú. O que chamou a atenção das otoridades neste caso foi a forma descarada como o ladrão agiu. As câmeras de segurança do posto de gasolina anexo ao supermercado Distriboi, onde rolou o ataque, registraram a ação do criminoso, que chegou a pé, na mó caruda, entrou na área onde estavam os caixas eletrônicos e, mesmo com gente circulando por lá, instalou o explosivo. O delegado Rodrigo Coronha, da depê de Camboriú, diz que o bandido não conseguiu levar a bufunfa do cospe-grana.
O relógio já estava quase marcando 7h30 da matina quando o homem chegou no mercado, que já estava em horário de funcionamento. O bandido carregava uma mochila e uma barra de ferro ferramenta que ...
O relógio já estava quase marcando 7h30 da matina quando o homem chegou no mercado, que já estava em horário de funcionamento. O bandido carregava uma mochila e uma barra de ferro ferramenta que usou para instalar o explosivo na máquina antes de correr para fora, para não se ferir durante a detonação.
A explosão foi das grandes. Destruiu completamente a máquina do Bradesco, estilhaçou a porta e as vidraças do mercado e detonou até mesmo a rampa de acesso ao local. Depois do estrago, o ladrão voltou à área dos caixas eletrônico, deu uma vasculhada no chão e se mandou a pé.
Durante toda a ação, o criminoso estava usando um capacete de motoqueiro.
Como o ataque a caixas eletrônicos é uma ação que costuma ser feita por quadrilhas que agem em várias cidades, os tiras da diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) assumiram a investigação do caso. O delegado Rodrigo Coronha, da depê do Monte Alegre, já passou todas as informações ao pessoal da DEIC. Segundo o dotô, o ladrão se deu mal porque nadica de nada foi levado do ataque.
Como as imagens das câmeras de segurança do posto de gasosa em frente ao mercado só mostram uma pessoa chegando ao mercado para explodir a máquina cospe-grana, a polícia ainda não sabe dizer se o ladrão agiu sozinho ou se havia, nas proximidades, alguém para lhe dar guarida.
Zeladora viu bandido botar a bomba
Os funcionários do posto e do mercado já estavam trampando quando tudo aconteceu. Uma zeladora que limpava a parte interna do Distriboi levou um cagaço quando, através do vidro, viu o bandido enfiando o explosivo no caixa eletrônico. A trabalhadora nem pensou duas vezes e saiu na corrida, desesperada. A mulher ficou tão nervosa que foi liberada pra ir pra casa se recuperar do susto.
Logo em seguida rolou a explosão, que gerou mó barulho e um fumacê tremendo. Uma das frentistas do posto de gasosa em frente ao mercado contou ao DIARINHO que chegou a ver o criminoso segurando algo, que ela acredita ser uma arma. Foi tudo muito rápido. A gente saiu correndo quando viu a fumaça, e logo chegou a Polícia Militar, relatou. Agentes da polícia Civil e técnicos do instituto Geral de Perícias (IGP) chegaram ao local por volta de 10h30. Os tiras solicitaram as imagens das câmeras de segurança do posto para tentar identificar o suspeito.
O gerente do mercado Distriboi, que pediu pra não ter o nome divulgado, disse que pretende reforçar o sistema de segurança para tentar coibir a ação da bandidagem. Vou colocar mais câmeras, mas não há muito o que fazer. Este caso, por exemplo, foi em horário comercial, desabafou.
Um representante do Bradesco, todo engravatado, estava por lá ontem pela manhã, mas não quis conversa ca imprensa Limitou-se a dizer que não havia confirmação de que o bandido teria conseguido levar o dinheiro do caixa eletrônico embora.
Esse é o segundo ataque aos caixas eletrônicos do Distribo
Em fevereiro do ano passado, outro caixa eletrônico instalado dentro do mercado Distriboi já tinha sido alvo de criminosos. O cospe-grana do Banco do Brasil foi atacado por volta das 2h da madruga por quatro bandidos. Dois dos ladrões tavam armados e renderam os vigias. Enquanto isso, os outro dois integrantes do grupo instalaram bananas de dinamite na máquina. Foi aí que o alarme tocou, e o quarteto resolveu se mandar antes que os fardados pintassem no lugar. Um policial civil especializado na área de explosivos conseguiu desativar o artefato e evitar o roubo.