Cheia de obstáculos. É assim que o construtor Rogério Montiani, 37 anos, define a situação de quem usa a ciclovia na beira-mar da praia Brava, em Itajaí. Ele faz parte da tchurma de moradores e ciclistas que não aprovou a instalação de lixeiras na avenida José Medeiros Vieira, já que foram colocadas justamente na faixa destinada aos ziqueiros. Agora que se conquistou o espaço dos ciclistas, querem interromper? Não faz sentido!, reclama.
Bastam alguns minutos dizoio no vai e vem para perceber que a ciclovia está pra lá de bonito, como diz a empresária Karine Silva, 26. Os ciclistas pedalam no meio da rua e até em parte da calçada ...
Bastam alguns minutos dizoio no vai e vem para perceber que a ciclovia está pra lá de bonito, como diz a empresária Karine Silva, 26. Os ciclistas pedalam no meio da rua e até em parte da calçada, exclusiva para pedestres. E quem tenta permanecer na faixa vermelha, que indica a ciclovia, acaba tendo que fazer mó zigue-zague para não bater nas lixeiras e nos postes. Anderson Lucio Boaventura, 25, de vez em quando anda de bike por ali e confessa que acaba pedalando na área dos pedestres. Precisaria de uma mudança radical aqui. Tinham que pensar em algo para resolver, opina.
O que diz o autor da grande ideia
O secretário de Obras de Itajaí, Tarcizio Zanelato, explica que as lixeiras vieram para atender uma demanda do verão. E elas foram colocadas do lado da ciclovia, segundo ele, porque ficam mais visíveis e menos suscetíveis a vandalismos. Na opinião do abobrão, mesmo com as lixeiras, os ciclistas ainda têm um bom espaço para utilizar. Mas a gente fica do lado do povo. Se realmente atrapalha, pode mudar, garante.
Quem quiser reclamar do perrengue, pode procurar a secretaria de Obras no número (47) 3348-0303.
Pra verificar se as lixeiras realmente atrapalham o tráfego dos ciclistas, o secretário de Planejamento peixeiro, Paulo Praun, se prontificou a dar uma boa volta de zica por lá e sentir na pele a situação. As 18 lixeiras foram instaladas ao longo da via na última quinta-feira.
Também falta espaço para pedestre
A empresária Karine Silva está fula da vida não só com os obstáculos na ciclovia, mas também com a situação que rola na esquina da avenida José Medeiros Vieira com a Elizário da Rosa, bem em frente ao restaurante Baobá. Por ali, a calçada termina e fica só uma faixa estreita de ciclovia. Eu queria entender porque não continuaram a calçada ali, diz.
Segundo o secretário de Planejamento, aquele trecho já tava previsto pra ser daquele jeito no primeiro projeto da avenida, no contrato de licitação, e não houve possibilidade de modificar na época. Mas ele garante que está ciente do problema e que o pessoal da secretaria está estudando uma forma de transformar o trecho em passeio compartilhado, para pedestres e ciclistas. O abobrão não estabeleceu prazo para a mudança.