O berreiro feito pelos comerciantes peixeiros na tentativa de impedir a realização da feira dos fabricantes do Brás, de São Paulo, deu em nada. Com a gritaria, a prefa tinha suspendido o alvará de funcionamento do local, mas os organizadores recorreram alegando estar com todos os papéli e taxas necessárias, e conseguiram da dona justa uma liminar liberando o evento. As otoridades dizem que, depois da decisão do juiz, não há o que fazer.
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A abertura do galpão estava prevista para as 9h de sexta-feira, mas a prefeitura não havia concedido o alvará de funcionamento e lacrou o local no início da manhã. O povão só pode entrar às 17h ...
A abertura do galpão estava prevista para as 9h de sexta-feira, mas a prefeitura não havia concedido o alvará de funcionamento e lacrou o local no início da manhã. O povão só pode entrar às 17h, depois que a papelada foi liberada. O evento está rolando no antigo galpão do atacado Aldri, na rua Indaial. Os pavilhões ficam abertos até segunda-feira, das 9h às 21h.
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Segundo o secretário municipal da Fazenda, Marcos de Andrade, os alvarás só foram liberados porque o juiz Carlos Roberto da Silva, determinou. O secretário explica que a prefa teria tentado impedir a liberação da feira porque o galpão possui licença de funciona mento para outro tipo de atividade. Agora, não há o que fazer. A feira vai sair, mas nós pretendemos nos defender judicialmente e mostrar que estávamos certos, porque em nossos registros há outra empresa em funcionamento lá. Assim, não poderíamos emitir outro alvará, afirma.
Para botar pressão na prefa e impedir a abertura da feira, um grupo de aproximadamente 70 comerciantes peixeiros deu as caras no local. Houve gente que se alterou, e a polícia Militar foi chamada para conter os ânimos. Os empresários estão indignados com a prefa e não entendem a decisão judicial.
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Estamos tentando ver se alguém cai na real, percebendo o quanto essas feiras nos prejudicam, e faz alguma alteração nas leis municipais. O sentimento é de total indignação com o poder público, que assim está incentivando o trabalho escravo e a sonegação dos impostos, reclama o comerciante Antonio Carlos Martins.