Sábado, dia 9 de novembro. Poucos minutinhos para as 6h da manhã. O Sol ainda não ganhou a batalha contra as nuvens escuras, que fazem cair uma chuva fina sobre Itajaí. Mas os clientes da popular padaria da Vila, na esquina das ruas José Eugênio Müller e Alfredo Trompowski, na Vila Operária, já estão por lá. São devotados. Quando seu Antenor Dezideiro, 63 anos, começa a abrir o comércio, pontualmente às 6h, dá pra entender o porquê de tanta fidelidade da clientela. O cheiro que toma a rua afiança que ali tem pão fresquinho.
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Mas parte daquele povo que rapidinho começa a agitar a manhã no interior da padoca não está ali só para provar do pão que faz com que seu Antenor tenha o título de dono de panificadora que mais ...
Mas parte daquele povo que rapidinho começa a agitar a manhã no interior da padoca não está ali só para provar do pão que faz com que seu Antenor tenha o título de dono de panificadora que mais vende em Itajaí são cerca de 3 mil unidades de pão francês todos os dias. Muita gente vem atrás do DIARINHO, afirma. Tenho um cliente aqui, o Oberdan (o Babá da sapataria, tão conhecido quanto o seu Antenor), que vem só pra comprar o jornal. Não é cliente do nosso pão, mas é cliente do DIARINHO, diz uma nora do comerciante, achando engraçada a situação.
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O guarda portuário Jorge Luiz Pires, 52 anos, nem imagina que a Univali fez uma pesquisa científica para saber qual é o jornal mais lido em Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes. Mas ele está lá, na padaria da Vila, quando o relógio pendurado na parede atrás do caixa marca 6h13. Ah! E me dá um DIARINHO também, seu Antenor, diz, enquanto separa o dinheiro para pagar o pãozinho e o jornal, depois de uma madrugada inteira de plantão na guarda portuária. No sábado, foi o primeiro a comprar o jornal.
Jorge revela que tem dois interesses no DIARINHO. Eu gosto das notícias, que são sempre atualizadas. Mas gosto mais dos classificados, que me dão um retorno muito bom, afirma. O guarda portuário revela: além de leitor, é anunciante do DIARINHO. Também tenho uma lavação e anuncio no Transe-Tudo do DIARINHO. Tem retorno, diz. A leitura, diz, é diária.
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Seu Antenor observa a conversa por sobre os óculos, enquanto entrega outro DIARINHO para uma senhora vestida de chefe de escoteiros.
O vereador Rafael Dezideiro, o Rafa da padaria, filho de seu Antenor, conta ainda que de dois a três jornais são separados para ficarem à disposição dos clientes que vão à padaria fazer um lanche. O pessoal pede, e a gente sempre oferece pra eles lerem, afirma. Engana-se quem acha que esses dois ou três exemplares ficam encalhados. Depois vende, porque sempre aparece alguém que pergunta já terminou o DIARINHO?, diz Rafa.