Parte dos 150 agentes de limpeza aprovados no processo seletivo da empresa Municipal de Água e Saneamento de Balneário Camboriú (Emasa) começaram a trampar ontem nas ruas da city. Em outubro, a prefa abriu seleção para contratar 200 pessoas para substituir a peãozada da Ambiental, que suspendeu o serviço de varrição depois de levar um calote da prefa.
O diretor da autarquia, Valmir Pereira, informa que o pessoal começou o trampo de manhã cedo e que ficaria na rua até as 13h. Eu acredito que uns 70 agentes já se apresentaram para o trabalho, ...
O diretor da autarquia, Valmir Pereira, informa que o pessoal começou o trampo de manhã cedo e que ficaria na rua até as 13h. Eu acredito que uns 70 agentes já se apresentaram para o trabalho, diz. O mandachuva não soube informar como o pessoal foi distribuído e quando os outros agentes irão se apresentar pra trabalhar. Ele também não soube informar se a empresa irá chamar os 200 agentes, conforme havia prometido. Eu não estou muito por dentro. Não quero dar informações equivocadas, esquiva-se.
Os agentes de limpeza vão suprir a ausência da concessionária Ambiental, que cruzou os braços em agosto. A empresa justificou que desde janeiro não recebia os R$ 820 mil mensais da prefa. Em sua defesa, a prefa alegou que os valores eram abusivos.
O rolo todo começou no fim do ano passado, quando a Justiça determinou que a prefa, e não mais a comunidade, passasse a pagar à Ambiental pelos serviços de limpeza na city. O município deixou a dívida acumular desde janeiro e, sete meses depois, a Ambiental decidiu cruzar os braços e dar férias coletivos para os funcionários. Por conta disso, Balneário Camboriú ficou entregue às moscas e com lixo pra tudo que é lado.
Após estudos, a prefa concluiu que os valores justos a serem pagos eram R$ 450 mil. Uma proposta chegou a ser oferecida à concessionária, que rejeitou. Neste meio tempo, a prefa conseguiu na Justiça o direito de contratar, em caráter temporário, 200 agentes de limpeza.
Negociações não saíram do lugar
De acordo com a procuradoria-geral do município, a Ambiental chegou a pedir para voltar a trampar pelos R$ 450 mil mensais, mas o pedido foi negado pela dona Justa. O procurador Marcelo Freitas disse ontem que as tratativas com a concessionária não avançaram. Nós teríamos uma audiência conciliatória hoje [ontem], mas foi remarcada. Não tivemos nenhuma outra proposta, diz.
O procurador explica que a prefeitura ainda não fechou as portas para a empresa. Ele lembra que a Ambiental ainda é a concessionária do serviço de limpeza, apesar de não estar em atividade. Nós queremos chegar a um consenso, tanto em termos de valores, quanto de serviços prestados, para não prejudicar a população. Estamos dispostos a continuar debatendo, discursa.