De acordo com Ane Fernandes, diretora da casa da Cultura Dide Brandão, 114 artistas de praticamente todos os estados brazucas foram convidados para participar do encontro. Muitos deles já participaram de outras bienais, como a de São Paulo e até a de Veneza, na Itália.
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O salão rola em espaços públicos, onde o pessoal vai soltar a imaginação. Já tem, por exemplo, artista em atividade em Cabeçudas, no molhe da praia da Atalaia, no Centreventos, no muro do Porto de Itajaí e na casa da Cultura.
A pintora, desenhista e gravadora paulista Mônica Panizza Nador, 58 anos, pinta desde terça-feira as casas da rua Pedro José João, a principal de acesso ao bairro Nossa Senhora das Graças, o Matadouro. É um lugar muito agradável. Itajaí é uma cidade maravilhosa, elogia.
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Ontem à tarde, Mônica e o assistente dela, o também artista plástico Bruno Oliveira, 26, já haviam pintado duas casinhas, uma de madeira e outra de alvenaria. As pinturas são feitas em stencil e trazem figuras reproduzidas pelos próprios moradores. Eles criam as imagens e nós fazemos a aplicação, explica Mônica.
Natural de Ribeirão Preto (SP), a artista explica que esse tipo de trabalho social já é desenvolvido por ela em periferias paulistas. O meu desejo é que esse trabalho seja amparado, algum dia, por políticas públicas, acrescenta.
A dona de casa Maria de Lourdes Pelusi, 76 anos, foi uma das contempladas pelo trabalho de Mônica. A baia dela, que fica pertinho do portão do cadeião do Matadouro, ganhou novas cores e até uma avivada. Gostei demais. Amanhã [hoje] ela vai fazer desenhos de frutas e vai ficar melhor ainda, conta.
Artista pinta casa da árvore do Fazenda Nativa
Desde quarta-feira, a artista plástica Alessandra Duarte, 29, começou a pintar a casa da árvore, uma das atrações do viveiro Fazenda Nativa. A ação da pintora, como a de Mônica, integra a programação do salão Nacional de Artes de Itajaí.
A ideia de Alessandra, que trampa há oito anos com pintura, é deixar o espaço colorido e, ao mesmo tempo, fazer uma reflexão das cores com ambiente de luz e sombra. Já pintei outras casas na árvore em telas. Esta é a primeira vez que pinto uma verdadeira, explica a artista, que diz ter gostado do desafio de colorir um espaço usado por crianças durante as atividades de educação ambiental do instituto Brasil Ambiental (Ibra).
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