Também pudera. Pela pesquisa da Univali, o jornal tem em média 70% da preferência do povão. Se considerar só Itajaí, esse índice encosta na casa dos 80%. E mais, pela pesquisa, cada exemplar é folheado por pelo menos sete pessoas, o que dá uma projeção de algo perto de 70 mil leitores diários. O que é válido num jornal impresso, para o profissional de mídia, é justamente o público que o lê, as pessoas que estão ali, lendo aquele jornal, ressalta a publicitária Adriana Edral, 30 anos, professora de comunicação social da Univali.
Adriana tem cancha para falar de publicidade, de veículos de comunicação e do interesse dos clientes. Já esteve em todos os lados: trabalhou em agência, esteve no marketing de empresas privadas e agora dá aulas de planejamento de mídias na universidade. Por isso, diz com toda a autoridade que o resultado da pesquisa Audiência de jornais impressos e avaliação de conteúdo tem uma importância para lá de grande no mercado publicitário. No caso da pesquisa em que foi comprovado que para cada exemplar do DIARINHO há sete leitores, isso é uma informação de ouro para o publicitário, pois ele saberá que se investir em um determinado anúncio nesse jornal impresso, ele não impactando somente uma pessoa, ele tá tendo a possibilidade de impactar sete em cada jornal lido, afirma.
A professora faz, ainda, outra observação. O DIARINHO, como tem um conteúdo muito generalizado, consegue alcançar vários tipos de pessoas, com faixa etária, poder aquisitivo e gêneros totalmente diferentes, diz. E isso te proporciona uma possibilidade de conseguir mais clientes para um anunciante, afirma.
O também publicitário Alex Dickel, 37 anos, da agência 4P Publicidade e Design, tem opinião parecida. A pesquisa aponta que o DIARINHO é um veículo único na nossa região, pois atinge todas as classes, o que no meio publicitário é muito difícil de se conseguir, analisa. Está aí, diz ele, a oportunidade tanto para os profissionais da mídia quanto pra quem quer vender algum produto ou serviço. Se bem utilizado (o veículo DIARINHO), proporcionará um retorno rápido e garantido ao anunciante, aposta.
Qual o segredo do DIARINHO fazer tanto sucesso entre o público consumidor? O diferencial se aplica justamente pela linguagem local, pela preocupação em mostrar o que ocorre na cidade e, principalmente, pelo fato de não ter tabus no que é publicado, o que não ocorre na maioria dos demais veículos, aponta Alex.
Por que o DIARINHO lidera a preferência
O cientista político e social Sérgio Saturnino, que coordenou a pesquisa Audiência de jornais impressos e avaliação de conteúdo, feita pelo instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da Univali usa a expressão engajamento para traduzir a receita do DIARINHO como líder na preferência dos leitores de Itajaí, Balneário Camboriú e Navegantes. Ao ler o DIARINHO, a pessoa consegue perceber o seu cotidiano. Com isso, cria um sentimento de pertencimento com a sua comunidade, diz, emendando: O leitor se vê ali, na situação, sabe onde fica o bairro da notícia, conhece as pessoas citadas, passou perto do local... Ou seja, há uma correspondência entre a notícia publicada e o cotidiano desse leitor. Por isso, há um engajamento do DIARINHO.
Para o sabichão, as pessoas estão se voltando para saber o que acontece ao redor delas. O mundo virtual, de certa maneira, está longe da realidade, deslocado no tempo e no espaço. O DIARINHO não é contra o virtual, mas dá ao leitor coisas que não conseguiria encontrar em outro lugar, explica.
O resultado apontado na pesquisa sobre a venda do DIARINHO em bancas, por exemplo, é um indicativo de que muitas pessoas já têm uma rotina em virtude do DIARINHO. E isso é um comportamento inverso ao de leitores de outros jornais, em que a compra em banca tem diminuído com o passar do tempo. No DIARINHO é o contrário: tem índices altíssimos de vendagem em banca, conclui.
Direção de grupo empresarial decidiu: publicidade, só no DIARINHO
O empresário Osmar Nunes Filho, o Mazoca, 62 anos, não tem dúvidas da importância do DIARINHO como mídia para vincular propagandas. Tanto que o grupo Marambaia tomou uma decisão. O DIARINHO é o único em que a gente faz publicidade. Tem anúncio constante da Marambaia Veículos no jornal, tanto de produtos quanto de promoções, diz Mazoca, que entre as empresas que administra estão três concessionárias da marca Chevrolet.
Decidir fazer publicidade em apenas um veículo é uma decisão radical. Mas Mazoca tem argumentos para sustentá-la. O DIARINHO entra em todas as classes econômicas. Pega desde a classe C até as classes A e a B. Então, pega desde um cliente que compra um carro dando uma entradinha e paga o resto em prestações quanto aquele cliente que compra um carro premium. Pronto, está aí a lógica de um dos empresários mais bem sucedidos da região.
A Marambaia Veículos tem 15 anos. Há pelo menos 13, diz Mazoca, investe em publicidades no DIARINHO. Mas essa percepção de que o jornal faz bem para a saúde financeira da empresa vem de muito antes. A primeira edição do DIARINHO foi em 79, e já colocamos anúncio lá, recorda-se.
O grupo Marambaia tem 50 anos. Começou com o famoso hotel e restaurante Marambaia, que até hoje tem uma clientela bacana e está localizado no canto norte da praia de Balneário Camboriú. Começamos no DIARINHO com a propaganda do hotel e do restaurante. Num dia dos namorados, só com a propaganda do DIARINHO, lotei o restaurante, lembra o empresário.
Mazoca é mais do que um cliente
Mazoca está no extenso rol de leitores fiéis ao DIARINHO. O empresário e ex-presidente da Santur, a empresa do governo do Estado criada para fomentar o turismo na Santa & Bela, credita a dois fatores o sucesso do jornal apontado pela pesquisa do IPS da Univali. Um deles é o jeito como as notícias são escritas. O DIARINHO fala a linguagem da região, a linguagem das pessoas daqui, e isso cria uma identificação com o jornal, avalia.
O outro motivo para o DIARINHO disparar na liderança da preferência dos leitores, aposta Mazoca, está justamente nas notícias, a matéria-prima do jornal. O Dalmo (Dalmo Vieira, fundador do DIARINHO, falecido em 2004) fez diferente de todos os outros, pois além da linguagem daqui começou a mostrar notícias da região, a valorizar as informações daqui, coisa que ninguém até então fazia, afirma.