Se o último feriado antes das festas de final de ano é o termômetro da temporada, o verão vai bombar em Balneário Camboriú. Nesta sexta-feira, turistas disputavam lugar na areia da praia central. De acordo com a vice-presidenta do sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes (Sindisol), Dirce Fistarol, os quartos de hotéis e pousadas estavam quase todos ocupados. “Foram superadas as nossas expectativas. A cidade os restaurantes estão cheios, comércio vendendo, e a ocupação hoteleira é quase total”, comemora.

Segundo Dirce, o tempo foi fundamental para o sucesso do feriadão no Balneário mais Badalado do Sul do Mundo. “Esta é uma amostra do que vai ser a temporada”, acredita. A expectativa é que o movimento se mantenha acima da média dos outros meses a partir de agora. “Até porque muita gente já entra em férias e começa a vir pra cá”, diz.

Pelo terceiro ano seguido, a família da psicóloga Márcia de Fátima Lemes, 49 anos, sai de Siqueira Campos, no norte do Paraná, e vem a Balneário no feriadão da Proclamação da República. Desta vez, não foi diferente. “Esta época é quente e não tem tanta gente como no final do ano ou carnaval”, explica. Ela, o marido e o filho vieram junto com outros familiares e amigos em dois ônibus de excursão.

Para ficar de quarta-feira à noite até o finalzinho da tarde de domingo, cada pessoa desembolsou 520 reales. O valor inclui a viagem de busão, as pernoites num hotel e o café da manhã. A janta e o almoço ficam por conta de cada um. “Pra comer, tem bastante opção. Acho os preços acessíveis e adoro fazer compras na cidade”, fala a psicóloga, que quando não está na praia, bate perna pela avenida Brasil pra comprar, principalmente, biquínis e roupas.

Uma passada pelo comércio também está nos planos da auxiliar de dentista Noelma dos Santos, 33, que veio com o marido e com a filha passar o feriadão na Maravilha do Atlântico. “A gente sempre vinha, mas voltava no mesmo dia. Esta é a primeira vez que viemos pra ficar o feriadão todo”, revela Márcia, que mora em Timbó, no Médio Vale do Itajaí.

O marido de Noelma é direto: nunca ficava porque achava muito caro pernoitar em Balneário. “Mas vindo aqui e comparando com outras cidades de praia da região, não está tão diferente”, explica o motorista de caminhão, Antônio Marcos dos Santos, 38. Além da praia e das lojas, o que mais chama a atenção da família aqui são os carrões de luxo e o povaréu bonito. “Aqui tem muita gente bonita”, elogia Noelma.

Para o vendedor de churros Reginaldo Domingos Calisto, 36, pouco importa se é bonito ou feio; o importante é que compre seus doces. E comprador não faltou neste feriado. Faceiro com as vendas, Reginaldo diz que sexta-feira foi a primeira vez que viu o trampo compensar. Ele mantém a barraquinha de churros e milho verde desde outubro e conta que nunca tinha visto tanto movimento na areia da praia.

Mesmo assim, Reginaldo diz que esta é a primeira e a última vez que trabalha como vendedor nas barraquinhas de churros. “Porque a concorrência é grande e o maior querendo pisar no mais fraco”, desabafa. Segundo ele, a concorrência pelo espaço na areia, usado para alugar as cadeiras, é tão grande que já rolou até briga com cabo de vassoura. “Sempre tem briga por causa do espaço”, conta. Depois de acabar a temporada, garante, ele deve voltar a trabalhar na construção civil.

Embora a cidade estivesse cheia, o DIARINHO não encontrou pontos de congestionamento no Balneário. Somente em frente ao Atlântico Shóppis tinha uma muvuquinha de carros.