Nenhuma empresa pintou na prefa pra participar da licitação que escolheria a firma responsável por fornecer a merenda nas escolas peixeiras. Nem mesmo a empresa que faz o serviço este ano, a ERJ Refeições, pintou na concorrência. O valor total do serviço é de R$ 18 milhões pro ano todo, mas a prefa paga apenas pelo que realmente é servido. A especulação é de que as empresas possam ter se juntado num conluio pra obrigar a prefa a reajustar o valor.
De acordo com a diretora do departamento de Assistência ao Educando, Elisabete Laurindo, três empresas teriam aparecido na sala de licitações com envelopes nas mãos. No entanto, por algum motivo que ela desconhece, não entraram pra participar da disputa pública. Assim, a licitação da merenda ficou deserta.
O bagrão da Educação, Édison dÁvila, não quis opinar sobre o assunto, mas reconhece que achou estranho o fato de nenhuma empresa querer o serviço. Ele diz que não renovou o contrato com a firma ...
De acordo com a diretora do departamento de Assistência ao Educando, Elisabete Laurindo, três empresas teriam aparecido na sala de licitações com envelopes nas mãos. No entanto, por algum motivo que ela desconhece, não entraram pra participar da disputa pública. Assim, a licitação da merenda ficou deserta.
O bagrão da Educação, Édison dÁvila, não quis opinar sobre o assunto, mas reconhece que achou estranho o fato de nenhuma empresa querer o serviço. Ele diz que não renovou o contrato com a firma atual porque queria mudanças, como a padronização dos equipamentos e utensílios de cozinha, além de uma alteração no cardápio exigida pelo fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
É sobre quantidade dos tipos de alimentos, pra aumentar a qualidade nutricional das refeições, explica. O edital também prevê mudanças na quantidade de sódio. Uma merenda não pode ter mais que 40 miligramas de sódio, os doces só podem ser servidos duas vezes na semana, os enlatados e produtos industrializados ficam proibidos, e a quantidade de vitaminas deve ser aumentada.
O secretário jura que o valor oferecido foi reajustado de acordo com o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Se o argumento seria o preço, não existe razão, garante. A chefona Elisabete garante que os R$ 18 milhões são suficientes pra alimentar os 28 mil alunos da rede Municipal de Ensino. Ela revela que os valores dos pratos individuais variam de acordo com a faixa etária e com o tempo de permanência na escola.
Os lanchinhos pra gurizada do ensino fundamental, que estuda só meio período, tá orçado em R$ 1,70. Já as quatro refeições pros pequenos das creches em período integral variam de R$ 4,60 a R$ 5,25. Cada cardápio é específico pra cada turma e faixa etária, reforça.
O secretário de Educação diz que uma nova licitação deve ser lançada nos próximos dias, mas ele não sabe precisar quando e nem se a prefa vai ceder e aumentar o valor oferecido. Se o perrengue não for resolvido em tempo hábil, o bagrão explica que vai prorrogar o contrato com a ERJ pra não deixar a pirralhada com fome.
O diretor de licitações da ERJ, Luiz Flores, não revelou o motivo da empresa não ter participado da disputa deste ano. Informamos que se trata de assunto estratégico e confidencial, disse, por e-mail.