A mistura imprudente de álcool e direção pode custar a vida de uma mãe de família de Camboriú. Priscila Ponces Martinez Pauli, 32 anos, secretária da equipe de anestesistas do hospital e maternidade Santa Luíza, tá entre a vida e a morte depois de ter sofrido um acidente feioso na manhã de ontem, na Capital da Pedra. Ela pilotava uma Bizinha pela rua Santo Amaro, a estrada geral do bairro São Francisco de Assis, o Barranco, quando um carro a acertou em cheio.
Pelo relato de testemunhas à polícia, o possante vinha a bem mais de 100 quilômetros por hora, num local onde a velocidade máxima permitida é de 50 quilômetros. O carango tombou depois de atingir Priscila. O motorista do Peugeot preto, placa AWT 0826 (Balneário Camboriú), é o garçom Bruno Marques Diniz, 25, que tava bebaço na hora do acidente e quase foi linchado pelo povão que testemunhou a trombada.
De acordo com informações repassadas pela polícia, Priscila voltou pra casa a fim de buscar um material escolar que havia sido esquecido por um dos seus filhos, deixado na escola momentos antes. ...
Pelo relato de testemunhas à polícia, o possante vinha a bem mais de 100 quilômetros por hora, num local onde a velocidade máxima permitida é de 50 quilômetros. O carango tombou depois de atingir Priscila. O motorista do Peugeot preto, placa AWT 0826 (Balneário Camboriú), é o garçom Bruno Marques Diniz, 25, que tava bebaço na hora do acidente e quase foi linchado pelo povão que testemunhou a trombada.
De acordo com informações repassadas pela polícia, Priscila voltou pra casa a fim de buscar um material escolar que havia sido esquecido por um dos seus filhos, deixado na escola momentos antes. Quando retornava ao colégio da criança, às 7h20, foi acertada em cheio pelo carango desgovernado em altíssima velocidade.
A porrada foi tão grande que a cabritinha perdeu toda a carenagem e ficou só no chassi. Priscila teve o osso da bacia esmigalhado e sofreu ainda um forte impacto na cabeça. A motoqueira foi socorrida pelos bombeiros e levada ao hospital Ruth Cardoso, de Balneário Camboriú, com suspeita de hemorragia interna e traumatismo craniano. Ontem, pela manhã, ela passou por uma cirurgia e depois voltou prum dos leitos da unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Uma colega de trampo, que pediu para não ter o nome divulgado, contou que Priscila trabalhava com a equipe de anestesistas da maternidade Santa Luíza, de Balneário Camboriú, desde março deste ano e tinha bom relacionamento com todos por lá. O marido dela ligou avisando; os funcionários estão chocados, comentou a amiga de trabalho.
Priscila tem dois filhos, de três e cinco anos, além do enteado, também de três anos.
Delegada não arregou e mandou motorista irresponsável pra cadeia
Depois de bater na motoca, o Peugeot capotou e foi parar de pentelhos pro ar num pasto na beira da estrada, a cerca de 30 metros do local onde ocorreu o impacto. Os dois ocupantes do carango estariam visivelmente manguaçados. O garçom Bruno Marques Diniz e o amigo, que estava de carona no Peugeot, tiveram que ficar dentro da viatura da polícia Militar pra não serem linchados pelo povão.
Manoel Mafra, coordenador do núcleo de Combate às Drogas e à Pedofilia de Camboriú, passou pelo local logo depois do acidente e conta que os moradores do Barranco, que viram o acidente, estavam revoltados. Foi gravíssimo. Não tem como calcular, mas pelo estrago e a distância que parou o carro, dava pra ver que estava em alta velocidade, acredita.
Na delegacia do Monte Alegre, Bruno passou pelo teste do bafômetro, que apontou 1,11% de álcool no sangue. No depoimento, o garçom contou que saiu do trampo e foi beber uns gorós. A delegada Gisele Cristina da Costa Lima não deu folga pro irresponsável. Sem direito a pagar fiança, o motora foi levado ontem mesmo para o presídio da Canhanduba. Ele vai responder por tentativa de homicídio, lesão corporal grave e embriaguez ao volante.
Se o pior acontecer e Priscila falecer, Bruno vai ter que se entender na dona justa pelo crime de homicídio doloso, que é aquele que rola quando há intenção de matar. Isso porque, pela interpretação da lei, o motora assume o risco de matar alguém quando resolve encher a cara antes de dirigir. O amigo do garçom acabou virando testemunha e foi liberado.