A Fifa cogitou a ideia de discutir alteração em alguns horários dos jogos da copa do Mundo de 2014. Mas era tudo balela. Ontem o presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou que tudo vai ser como foi combinado anteriormente. Ou seja, vai ter jogo às 13h em cidades nordestinas como Natal, Salvador e Recife, com temperaturas que passarão tranquilamente dos 30º C.
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Por enquanto, vamos continuar com horários já decididos para as partidas, disse o cartola em entrevista coletiva concedida na Costa do Sauípe, na Bahia, onde acontecerá o sorteio do Mundial. A ...
Por enquanto, vamos continuar com horários já decididos para as partidas, disse o cartola em entrevista coletiva concedida na Costa do Sauípe, na Bahia, onde acontecerá o sorteio do Mundial. A posição da Fifa foi confirmada pelo secretário geral da entidade, Jérôme Valcke. [A decisão de colocar jogos às 13h] Não foi tomada sentados em Zurique, sentado na neve, em menos 15 graus. Foi tomada com detalhes médicos, 28 graus, em Manaus. O calendário foi organizado para que, na medida do possível, seja disputada uma da tarde nessas condições, afirmou.
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Na última sexta-feira, o ex-goleiro Rinaldo Martorelli, presidente da Fenapaf (federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) e vice-presidente do FIFPro (Sindicato Mundial de Atletas), entregou à Fifa um documento elaborado pela entidade brasileira que mostra a preocupação com os horários dos jogos. O estudo traz um embasamento científico sobre temperatura corporal dos atletas quando expostos a altas temperaturas. Esperamos uma posição para discutirmos o problema, sem a necessidade de recorrer a uma ação judicial, coisa que ainda não descartamos, disse Martorelli.
A imprensa insistiu no papo, o que deixou Blatter bem incomodado. Sua pergunta tem um quê de ironia, porque o senhor não sabe como é o clima, se é quente ou não. Quando disputamos a copa do México, jogamos muitas partidas às 12h no México e havia o fator altitude. Acho que, hoje em dia, os jogadores estão acostumados a jogar em condições que nem sempre são as melhores. E a copa do Mundo também envolve o calendário. Temos que encaixar três partidas por dia. A vida é assim, a vida do futebol é assim. Claro que nem todo o mundo vai ficar satisfeito, mas há um ditado que diz que ninguém vai ficar satisfeito com tudo, lascou Blatter.
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Com grupo da morte
A Fifa definiu que fará um sorteio extra para saber qual europeu sobrará na hora de estabelecer os grupos da copa do Mundo de 2014. O sorteio oficial rola na sexta-feira, a partir das 14h. Desta forma, abriu a possibilidade de ter um supergrupo da morte com até três campeões mundiais, podendo até ser do Brasil. O pote quatro, onde ficam as seleções da Zoropa, estão seleções fortes como França, Holanda, Portugal, e Inglaterra.
Fora do prazo
Na entrevista coletiva de ontem, Jérôme Valcke admitiu que os estádios de Cuiabá e Curitiba não ficarão prontos até o dia 31 de dezembro, prazo estabelecido pela entidade pro fim das obras de todas as Arenas que serão utilizadas na copa do Mundo. Curitiba é o estádio em que enfrentamos mais problemas. Não vai ser entregue antes do final de fevereiro de 2014, e isso é fato. Enfrenta alguns problemas, nos organizamos para o estádio ser entregue até fevereiro e vamos aumentar a mão de obra para as estruturas temporárias serem construídas, disse o cartola.
Já o estádio de Cuiabá, no Mato Grosso, não será entregue antes da última semana de janeiro. O principal problema é a instalação dos assentos. Em setembro, uma investigação do ministério Público do estado apontou superfaturamento na aquisição das cadeiras da Arena Pantanal. A compra dos assentos custaria R$ 19,4 milhões, valor considerado abusivo pelo ministério Público. Só em novembro, depois de explicações apresentadas pelo governo estadual, concluiu-se pela inexistência de irregularidades, e a aquisição das cadeiras foi liberada.
Já a situação da Arena da Baixada é apontada dentro da Fifa como ainda pior. O estádio do Atlético-PR foi um dos últimos a iniciar as obras de adaptação para receber os jogos da copa e ainda está com 83% da reforma concluída. Também de acordo com a matriz de responsabilidades do governo federal, passa por problemas no financiamento da obra.
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