Nojenta. É assim que tá a praia do Trapiche, em Penha, garantiu um leitor do DIARINHO. O cara, que não quis se identificar, mandou fotos dos lugares usados pelo povão pra fazer cocô e xixi: o matinho entre o calçadão e a areia da praia. O presidente da associação de Surfe e Amigos da Praia Grande (Asapg), Renato Amorim, concorda com o leitor e diz que o perrengue não é de hoje e atinge todas as praias da Mariscolândia. Na hora da necessidade, alguma alternativa tem que ser encontrada. Como não existem banheiros nas praias, a solução das pessoas é fazer em qualquer lugar, avalia.
  	Pra ele, se a prefa fizesse uma parceira com alguma empresa especializada no assunto, o problema seria amenizado. A solução não é tão cara, o problema é que não há iniciativa do poder público.  ...
  	Pra ele, se a prefa fizesse uma parceira com alguma empresa especializada no assunto, o problema seria amenizado. A solução não é tão cara, o problema é que não há iniciativa do poder público. Ao invés disso, Renato revela que são os comerciantes da área que pagam o pato, pois o povão pede pra usar os banheiros dos estabelecimentos locais. Quando recebemos visitas em nossa casa, ela deve estar arrumada. Então, é a mesma coisa com as praias, elas precisam estar limpas.
 
        
        
        
        Continua depois da publicidade
        
         
        
             	Menos dindim e mais cocô
   	Segundo a diretora da secretaria de Turismo de Penha, Daniela Serpa, a prefa tem um projeto pra fazer banheiros públicos somente nas praias com maior fluxo de gente. Porém, a administração da Terra do Marisco não conseguiu grana pra tocar a ideia que, pelas contas da barnabé Daniela, deve rolar só na temporada 2014/2015. Ela completou que a city nem cogitou a hipótese de instalar banheiros químicos nas praias.
    	
   	Situação da praia do Trapiche tá feia, diz profe da Univali
   	Gilberto Manzoni, oceanógrafo e coordenador de Maricultura da unidade da Univali em Penha, destaca que o perrengue da praia do Trapiche merece atenção. Os coliformes fecais [bactérias] estão associados às fezes humanas e contribuem na transmissão de doenças, por isso é preciso cuidado. Em relação aos lixos jogados na região, ele avisa que o impacto seria mais visual, mas que os dejetos poderiam acabar parando no mar, o que não seria bom. 
    	Gilberto acredita que a maior preocupação ali, na praia, é a falta de saneamento básico, prejudicial à saúde humana. Destaca que a única solução é a prefa fazer mais fiscalizações. Principalmente nos finais de semana, quando não acontece a fiscalização e o fluxo de pessoas é bem maior.
     	Situação na praia da Paciência amenizou, mas não tá resolvida
   	O perrengue na praia da Paciência, em Penha, foi notícia aqui, no DIARINHO, em maio deste ano. Garrafas de bebida, fraldas descartáveis, árvores cortadas e mais um montaréu de lixo: era esta a imagem deixada pela turistada que acampava no local. Segundo o presidente da associação de Surfe e Amigos da Praia Grande (Asapg), Renato Amorim, a praia era dominada pelos porcalhões. As pessoas vinham à praia e privatizavam o local, demarcavam lote e detonavam a natureza.
 
    Continua depois da publicidade
    
    
 
   	Ele conta que após as fiscalizações da prefa, a nojeirada diminuiu, mas não está totalmente resolvida. Renato acredita que seja necessária mais mão de obra, principalmente durante a temporada. É necessária a colaboração da prefeitura, ainda mais no verão.