Itajaí
Ibama apreende 108 garoupas
Pescado, que tá na lista dos ameaçados de extinção e tem captura proibida, foi encontrado no mercado de Itajaí e em BC
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



O Ibama apreendeu 108 garoupas congeladas que estavam estocadas em peixarias de Itajaí e Balneário Camboriú. O peixe faz parte da lista de espécies ameaçadas de extinção e sua captura voltou a ser proibida no início deste ano. As apreensões foram doadas ao projeto Mesa Brasil, do Sesc, e os responsáveis pelo produto receberam multa de R$ 5 mil por pescado recolhido. A última apreensão aconteceu na manhã de quarta-feira, no Mercado do Peixe, em Itajaí. Sandro Klittel, chefe da unidade do Ibama de Itajaí, informa que em apenas um box do mercado foram encontradas 24 garoupas congeladas. Já na segunda-feira, o alvo da fiscalização do órgão ambiental foi na famosa peixaria Oliani, na rua 3700, em Balneário Camboriú. No local foram apreendidas 84 garoupas e um peixe-batata, espécie também ameaçada de extinção. Todos os pescados foram doados para o Mesa Brasil. Segundo o Ibama, para cada peixe apreendido a multa é de R$ 5 mil. Ou seja, foram R$ 120 mil de multa para o primeiro caso, no Mercado do Peixe, e R$ 425 mil para a peixaria Oliani. Dono de peixaria reclama da ação Roberto Oliani, 48 anos, dono da peixaria Oliani, conta que comprou as garoupas no ano passado, quando uma liminar autorizava a pesca da espécie. Ele diz que congelou os peixes e ainda sobravam 84 estocados. “Eu tenho nota fiscal que comprova que eu comprei quando ainda podia pescar. Depois que parou a pesca eu não comprei mais”, garante. Além da multa, Roberto lamenta que teve um prejuízo de R$ 50 mil, que foi o valor pago pelo pescado. O empresário avisa que vai entrar na justiça, pois não tem condições de arcar com a multa. “Eu tô procurando os meus direitos, porque vão ter que me pagar, pois levaram um bem que era meu”, lasca. “A gente trabalha certo, a nossa empresa não compra nada que é ilegal e eu tenho 50 famílias envolvidas que trabalham comigo. Achei injusto o que fizeram”, conclui. Era preciso avisar que tinha estoque Sandro Klittel, chefe do escritório de Itajaí do Ibama, informa que mesmo que a compra do peixe atualmente na lista dos ameaçados de extinção tenha sido feita anterior à proibição da captura, a estocagem também é não é permitida sem que tivesse sido avisada antes ao governo. O chefe do Ibama explica que em 2014, o Ministério do Meio Ambiente publicou uma portaria que proibia a captura, comercialização e estocagem de várias espécies ameaçadas de extinção. Desde então há uma briga judicial entre o órgão ambiental e o setor pesqueiro. Na época, o ministério deu um prazo para que as peixarias que tivessem as espécies estocadas fizessem a declaração dos produtos. Este prazo foi estendido, mas acabou em outubro do ano passado. Neste meio tempo, uma liminar da justiça suspendeu temporariamente a portaria e a pesca ficou liberada. Mas em janeiro deste ano, ela foi derrubada. Ou seja, desde 27 de janeiro é proibido pescar, vender e estocar diversas espécies de peixes, inclusive a garoupa. “Por isso não adianta ter nota fiscal, pois não pode ter em estoque, a não ser que tivesse sido declarado até setembro do ano passado”, afirma Sandro. [kaltura-widget uiconfid="23448188" entryid="0_1gjbag87" responsive="true" hoveringControls="true" width="100%" height="56.25%" /]
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