Rafael Santos Ambrósio, 34 anos, foi condenado a 23 anos de prisão em regime fechado pela morte de Francielle Sena de Oliveira, 19, que tava grávida de seis meses. A sentença foi dada no fórum de Itajaí, na madrugada de sábado, depois de mais de 16 horas de julgamento.
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O crime aconteceu em 30 de novembro de 2015, em Navegantes. No juri, foram quatro votos favoráveis à condenação contra três contrários. Rafael recebeu a condenação por homicídio qualificado por motivo ...
O crime aconteceu em 30 de novembro de 2015, em Navegantes. No juri, foram quatro votos favoráveis à condenação contra três contrários. Rafael recebeu a condenação por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e mediante dissimulação.
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Francielle morava com a mãe e uma irmã no loteamento Santa Regina, no bairro Espinheiros, em Itajaí. Ela trampava na empresa do tio, a EPS Paineis, que tinha como sócio o pai de Rafael. Os dois começaram o romance no trabalho, depois que Rafael tinha se separado da esposa. Na época do relacionamento, ele tinha uma filha de 10 anos e um bebê de apenas cinco meses com a ex-mulher.
O assassinato teria ligação com a gravidez de Francielle. Conforme as investigações, Rafael não aceitava a gravidez e tava querendo voltar para a ex-esposa.
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O corpo da jovem foi encontrado na manhã do dia 30 de novembro, na Meia Praia, em Navega, seminu e com marcas de violência no pescoço, nos braços e nas mãos. O inquérito apontou que ela foi estrangulada.
Considerado o principal suspeito, Rafael teve a prisão preventiva decretada em janeiro do ano passado, quando foi indiciado como autor do crime. Ele foi detido na casa da mãe, na rua Jorge Mattos, no centro de Itajaí, e levado pro presídio da Canhanduba. Durante as investigações, Rafael disse ter levado Francielle de carro para Navegantes, mas negava ser o responsável pela morte.
O que diz a família
Há mais de um ano sem a convivência com Francielle, os familiares ficaram emocionados em ter que relembrar os detalhes do caso durante o julgamento. A mãe da garota foi uma das três testemunhas de acusação ouvidas pelos jurados. Amigos da família também prestaram depoimento.
Para Luan Sena de Oliveira, 26 anos, irmão da jovem, a condenação mostrou que a justiça foi feita. “A família ficou feliz porque, por alguns momentos, nós pensamos que ele ia ser solto. Então, esses 23 anos foi o bastante para nós. Foi o suficiente”, destaca.
O fato de ter aguardado o julgamento preso também contribuiu para o sentimento de justiça da família. Luan observa, no entanto, que dos 23 anos, Rafael deve cumprir menos de 10, devido às benesses da lei pela redução da pena.
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Independentemente da sentença, a família frisa que a ausência da moça jamais será superada. “Foi um peso que saiu das nossas costas, um alívio. A família ficou aliviada mas não vai superar. Não tampou o buraco que ficou, sabe...”, desabafa.