Os impactos ambientais causados pela construção da nova bacia de evolução do complexo portuário de Itajaí serão conhecidos na quinta-feira que vem, às 19h, quando uma audiência pública vai apresentar o projeto e as compensações ambientais ao povão. Apesar do maior impacto rolar em Navegantes, a audiência vai acontecer no Centreventos peixeiro. Quatro micro-ônibus vão levar os dengo-dengosos digrátis pra acompanhar a discussão em Itajaí.
De acordo com o superintendente do porto peixeiro, Antônio Ayres dos Santos Junior, 14 imóveis serão demolidos no bairro São Pedro, o Pontal, pra dar lugar à nova bacia de evolução, que vai ser ...
De acordo com o superintendente do porto peixeiro, Antônio Ayres dos Santos Junior, 14 imóveis serão demolidos no bairro São Pedro, o Pontal, pra dar lugar à nova bacia de evolução, que vai ser feita em frente à nova marina. Além disso, uma pá de pescadores vai perder o local onde ancora os barquinhos. O bagrão não sabe dizer a quantidade de pescadores afetados nem a expectativa de quanto vai ser gasto com indenizações. Esse número vai ser plenamente absorvido dentro do valor inicial do projeto, garante. Isso porque no projeto inicial, que era construir a bacia nova em frente à Vila da Regata, seria necessário desapropriar cerca de 100 famílias.
O projeto todo vai custar R$ 300 milhões: R$ 180 milhões virão do governo federal e o restante do governo do estado. Quanto aos pescadores, o bagrão do porto jura que eles não vão sair no preju, pois o projeto prevê a construção de um atracadouro no próprio Pontal, onde eles terão um lugar específico pra deixar as barquinhas. Isso deve ser incluso dentro das condicionantes da licença ambiental, promete.
Como rola o plá
O estudo de impacto ambiental da obra foi feito pela mesma empresa que faz a grande maioria dos projetos da prefa e do porto, a Aquaplan. No primeiro momento, o bagrão do porto vai falar sobre a obra e a importância da ampliação da bacia de evolução. Depois, o especialista que fez o estudo vai apresentar pro povão todos os impactos ambientais e suas possíveis compensações. Aí rola uma pausa e em seguida o microfone fica aberto pro povão fazer perguntas e sugestões.
A reunião é importante, porque mostra exatamente o que vai ser feito e qual a área atingida. É na audiência pública que o povão tem voz e vez pra dizer o que pensa e tirar todas as dúvidas. Apesar de ser feita na cidade onde o impacto social é menor, os dengo-dengosos não têm desculpa pra não vir. Isso porque quatro micro-ônibus vão trazer o povão digrátis. Os busos saem da frente do Sinergia e passam pela prefa em direção ao Centreventos peixeiro. As saídas rolam em três horários: 17h30, 18h e 18h30. No final da reunião, os micro-ônibus vão levar o povão de volta pra casa.
Obra é pra naviozão chegar
A nova bacia de evolução do porto vai ter 530 metros de diâmetro, 130 a mais que a atual, e vai permitir que navios com até 366 metros de comprimento atraquem na região. A diferença impacta diretamente na economia. E pra melhor. Atualmente, as principais linhas comerciais utilizam navios maiores, que levam mais carga em menos viagens, e o canal de acesso ao complexo portuário de Itajaí está defasado. Tanto que o porto peixeiro perdeu uma das principais linhas, responsável por um terço da movimentação de cargas. Tudo porque não tinha estrutura pra receber os grandalhões.