Daniele Cristina Fabeni, 33 anos, foi presa em flagrante na tardinha de segunda-feira quando tentava corromper um agente do complexo penitenciário da Canhanduba, em Itajaí. Ela daria R$ 4 mil para que o carceireiro entregasse 16 limas metálicas para o marido, Anderson Cletion Heidrich, conhecido como Pequeno, 36 anos. O esquema foi bolado pelo presidiário. O agente penitenciário, que não teve o nome divulgado, revelou pra polícia Militar a cantada que havia recebido do preso. A PM, junto com tiras da divisão de Investigação Criminal (DIC), de Itajaí, montou a armadilha pra pegar Daniele ca boca na botjija. A guria, que tá grávida, vai responder por corrupção ativa.
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A prisão rolou por volta das 16h30 num posto de gasosa às margens da BR-101, perto do trevo Mercosul. Assim como tinha combinado com o carcereiro, Daniele chegou ao posto no Astra, placa MCM-6215 ...
A prisão rolou por volta das 16h30 num posto de gasosa às margens da BR-101, perto do trevo Mercosul. Assim como tinha combinado com o carcereiro, Daniele chegou ao posto no Astra, placa MCM-6215 (Blumenau). Trazia os R$ 4 mil pra pagar a gorjeta pra que o funcionário da penitenciária entregasse pra Anderson as 16 lâminas. O equipamento é uma espécie de lima capaz de perfurar ou serrar metais, como as grades do presídio.
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O que Daniele não esperava é que na hora da transação, policiais militares e tiras da DIC aparecessem e a pegassem no flagra. O teje preso foi dado assim que ela entregou a grana e os materiais pro carcereiro.
A prisão só foi possível porque o próprio agente penitenciário, que recebeu a proposta, denunciou o esquema pra polícia. Assim que levou a cantada, avisou os fardados, que o encaminharam para a DIC. Seguindo recomendações dos policiais, o carcereiro disse que aceitaria a proprina e passou a receber informações do próprio Anderson de como de proceder para entrar em contato com quem entregaria as limas.
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Segundo o tenente Luís Antonio Pittol Trevisan, a hora do encontro foi acertada dentro do presídio, entre Anderson e o agente penitenciário. Os tiras da DIC e fardados disfarçados ficaram de campana no posto, só esperando Daniele chegar. O agente entrou no veículo e, no momento em que ela começou a entregar os materiais, foi feita a abordagem contou o tenente. Ainda de acordo com o oficial, as lâminas poderiam servir tanto para cortar as barras das celas quanto para furar alguém.
Uma mulher e duas crianças, uma de oito e outra de um ano de idade, também tavam com Daniele na hora do atraque da polícia. Mas elas acabaram liberadas na delegacia.