A diarista Ruth de Almeida, 48 anos, moradora de Camboriú, tá fula da vida com a prefa da Capital da Pedra. Há mais de seis meses, garante, o pessoal não aparece na rua Marmeleiro, bairro Tabuleiro, pra limpar as bocas de lobo. Com isso, a cada chuva a água invade a baia dela. Ruth e o marido tentam amenizar o perrengue limpando o barro que desce do morro e entope o bueiro. Mas o esforço, diz a muié, não é suficiente.
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A rua Marmeleiro é a principal via do bairro. Na esquina com a Manoel Inácio Linhares, exatamente na casa de número 1050, é onde a chuva mais castiga. Lá moram dona Ruth, o marido e três filhos. ...
A rua Marmeleiro é a principal via do bairro. Na esquina com a Manoel Inácio Linhares, exatamente na casa de número 1050, é onde a chuva mais castiga. Lá moram dona Ruth, o marido e três filhos. Aqui, na frente da minha casa, tem uma boca de lobo só, que não vence a água. É muita lama. Pra prefeitura limpar, tenho que ligar 10 vezes. Hoje (quarta-feira) tive que tirar a lama com as próprias mãos. Não aguento mais. Costumo dizer que se um cachorro mijar aqui já dá enchente, desabafa.
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Não vai mudar nada, avisa abobrão
Há dois meses, a rua Marmeleiro recebeu tubulação pra drenagem das águas da chuva. Com isso, diminuiu o acúmulo de água que dava com qualquer chuvinha. Porém, os bueiros da parte baixa da rua vão continuar entupindo até que as ruas na parte alta sejam pavimentadas. Quem admite o perrengue é o secretário de Saneamento Básico, Janir Francisco Miranda.
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Segundo o abobrão, as ruas altas recebem camadas de macadame pra melhorar o calçamento, mas quando chove, esse material rola morro abaixo e para nas bocas de lobo. Enquanto não pavimentar as ruas dos morros, vai continuar enchendo [as de baixo], diz.
Pra amenizar o perrengue, a prefa tem que dar um trato toda vez que rola uma enxurrada. O abobrão não soube dizer se esta semana a equipe da secretaria já passou pelo bairro, mas prometeu mandar as máquinas limparem a área.