Para inovar o visual, a prefa investiu mais de 350 mil reales no projeto de comunicação que abrange, além da criação da marca, um vídeo institucional e mais de 20 itens de divulgação. O bafafá nas redes sociais começou após o lançamento do material, nesta semana. Na internet, o povão não perdoa e compara a marca da Maravilha com a paulista, mostrando as semelhanças entre as duas, que apresentam praticamente as mesmas cores, desenhos parecidos e a mesma disposição das formas no material publicitário.
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Diante das reclamações, Adriano Cordeiro, diretor da empresa Tempo Brasil, que recebeu toda a grana da prefa pra criação do projeto, jura de pés juntos que nada foi copiado. Segundo ele, todas as marcas turísticas precisam passar alegria e descontração, por isso as cores primárias são as mais utilizadas neste tipo de trabalho.
Pesquisamos diversas marcas pelo país e pelo mundo e percebemos que algumas semelhanças, como as cores, são inevitáveis devido ao que pretendemos passar. Com isso, fizemos um processo muito transparente, consultando as pessoas e os responsáveis para fazer um melhor trabalho, afirma.
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Ademar Schneider, secretário de Turismo, afirma que está por dentro do bafão, mas acredita que o problema não é da prefa, que tá feliz com o resultado. Já pedimos esclarecimentos, e o pessoal da agência já nos deu retorno a respeito do caso. Se tiver algum problema técnico, ficará a cargo deles resolverem, esquiva-se.
Vídeo também tá na polêmica
Além de apresentar um material muito parecido com o da Terra da Garoa, o vídeo institucional apresentado pela agência de Balneário é cara e focinho do vídeo da construtora Embraed, divulgado em junho deste ano.
Os dois possuem imagens parecidas das praias e pontos turísticos da city, e a edição do material segue um roteiro semelhante. Fora isso, o filminho da prefa possui a mesma letrinha do filme da construtora.
Assim como os outros materiais, Adriano jura de joelhos que a ideia não foi copiada e que as semelhanças são coincidências inevitáveis. Um elemento que você vai filmar já pode ter sido utilizado em outros trabalhos. Não acho que isso implique em cópia, afirma. O profissional garante que os cortes de cena seguem um padrão audiovisual e que não há exclusividade no uso das letrinhas.
No entanto, a agência manezinha Ghana Dranding, responsável pela criação do material da Embraed, diz que as semelhanças nos vídeos são gritantes e beiram a cópia. A gente foi pego de surpresa com esse material. Assistimos ao vídeo, e quando vimos as similaridades ficamos assustados. Além das cenas iguais e a própria continuação do roteiro, a fonte é exatamente a mesma, afirma Giancarlo Meneghini, 36, diretor de criação.
Ele garante que a agência não pretende levar o caso pra dona justa resolver, mas apenas lamenta a situação. Levamos quase cinco meses para produzir o nosso material. É por uma questão de ética dentro do mercado que os profissionais evitam, por exemplo, comprar fontes semelhantes para justamente ter uma identidade única em cada campanha, carca.
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O DIARINHO também entrou em contato com a agência paulista Propeg, que fez a arte de Sampa, mas até o fechamento desta edição eles não responderam as perguntas da reportagem.