Os artistas e o povão chegado às questões culturais de Itajaí se reúnem até hoje pra debater o futuro cultural da city no 3º fórum de Planejamento da Cultura. Esta é mais uma etapa para a criação do plano Municipal de Cultura, que vem sendo discutido há, pelo menos, quatro anos. O encontro acontece na casa da Cultura Dide Brandão, às 18h30, e é aberto a qualquer pessoa.
Os fóruns iniciaram em julho. Nos dois encontros anteriores, foram colocadas na mesa todas as reivindicações dos artistas peixeiros, além de necessidades levantadas pela fundação Cultural. Os dados ...
Os fóruns iniciaram em julho. Nos dois encontros anteriores, foram colocadas na mesa todas as reivindicações dos artistas peixeiros, além de necessidades levantadas pela fundação Cultural. Os dados foram repassados pra escola de Gestão Pública Municipal (Egem), que foi contratada pela Amfri pra fazer o plano de Cultura das citys da região.
O plano municipal está previsto no sistema Nacional de Cultura. Itajaí passou a fazer parte este ano. As citys que participam têm acesso a recursos federais por meio do fundo de Cultura.
De acordo com André Adauto, diretor administrativo e financeiro da fundação Cultural de Itajaí, a intenção é que, após o fórum, o plano passe pelo conselho Municipal de Cultura, pela procuradoria jurídica da city e seja aprovado pela câmara de vereadores até fevereiro. Além dos seis editais municipais que apoiam a cultura em Itajaí, com o plano pretendemos trazer mais dinheiro e criar novos programas, afirma.
Durante o fórum, serão debatidas ações para os próximos 10 anos, além do aumento de recursos para os editais de cultura, mudanças no conselho Municipal de Cultura, como a redução no número de conselheiros de 28 pra 16, a construção da sede do conservatório de Música, criação de um novo espaço para apresentações teatrais, compra de um caminhão-palco e reutilização dos espaços da casa da Cultura através de concorrência pública.
Artistas berram contra empresa
Apesar de estarem ansiosos pela criação do plano, os artistas locais não concordam que uma empresa terceirizada elabore o planejamento, pois preferiam que fosse feito por artistas da terrinha. Quando uma fundação Cultural contrata uma empresa de fora pra fazer um plano municipal, não está certo. Precisa ser discutido o que a classe artística quer para o plano de Cultura, diz a atriz Valéria de Oliveira.
O fato desagrada o pessoal das artes, que não vê a hora de o plano sair do papel. A minha expectativa é que o plano seja redigido o mais breve possível para atender as necessidades de Itajaí. Queremos que as políticas públicas para a cultura sejam mais claras e atualizadas, que se avance para amparar também novos grupos, diz.