Marcílio Dias voltou a apostar em medalhões e jogadores conhecidos. A última vez que isso aconteceu foi na Era Jamelli. Mas ter boleiros famosos vai ser a única semelhança entre aquele período triste do Cílio - o do terceiro rebaixamento - com a Era Macuglia. Foram várias medidas pra evitar o repeteco do vexame. Desta vez, tudo foi diferente. Desde a montagem do grupo até a programação que tá sendo elaborada, e prevê nove dias seguidos de concentração na primeira semana de campeonato Catarinense.
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Agora, vai cair o acesso de marcilistas nos saite de fotos de baladas da região. Cuidamos muito bem disso, não só a qualidade, mas também o pessoal, explica o técnico Guilherme Macuglia. Ele ...
Agora, vai cair o acesso de marcilistas nos saite de fotos de baladas da região. Cuidamos muito bem disso, não só a qualidade, mas também o pessoal, explica o técnico Guilherme Macuglia. Ele garante que qualidade e profissionalismo foram os principais itens analisados, mas não nega que foram chamados jogadores que ele conhece, sabe que tem boa índole ou que vieram com boas referências. Foi tirada informação com outros treinadores. Mas a maioria dos boleiros já foram treinados por ele ou já atuaram contra.
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Ele sabe dos perigos da Maravilha do Atlântico e região. Não pode deixar o jogador se deslumbrar com praia e essas coisas, avisa o comandante, que traz experiência de passagens pelo nordeste. Lá não se poder dar folga na parte da manhã e deixar pra treinar só às 15h. Os jogadores vão passar o dia na praia e de lá vão direto pro treino. Não sobra muito deles pra comissão trabalhar, exemplifica.
Não termina por aí o controle sobre a turma. Outro ponto é o controle diário de peso. Todo o dia, antes do treino, a turma enfrenta a balança. É uma forma de a comissão técnica bizolhar se não tão se descuidando da dieta e abusando das porcarias.
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A programação também está toda pronta. O Rubro-anil faz três amistosos antes da estreia do dia 26 de janeiro, contra o Metropolitano, no Gigantão das Avenidas. As peladas, pra dar ritmo de jogo pra turma, vão rolar nos dias 12, 15 e 19 de janeiro, domingo, quarta e domingo. É uma forma de dar ritmo e também acostumar a galera a jogar três vezes em oito dias, o que vai rolar e muito durante o Catarinão. Depois, tem uma semana cheia de treinos antes da estreia.
É aí que vem a outra novidade da programação: nove dias de concentração. Depois do treino da sexta, a turma vai se concentrar, parte pro jogo contra o Metrô e volta pra concentração. Só saem de lá pra encarar os mais de 500 quilômetros até Chapecó. Depois de enfrentar a colonada, a turma volta pra concentração, de onde só sai pra encarar o Avaí. Só depois eles encaram uma programação mais normal. A recuperação dos atletas numa sequência tão pesada é indispensável. E os três primeiros jogos são fundamentais, argumentou Macuglia.
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Ontem a tchurma treinou no campo da Natalense, na Volta de Cima. Dois goleiros e 16 jogadores de linha participaram do trampo. Schwenck se apresenta no dia 26 de dezembro e Tauã no dia 1° de janeiro. O resto da galera tá correndo. O segundo goleiro treinando é o menino Anderson, que ainda não tá fechado com o clube. Ele tá aí porque Eduardo tá de saída. A diretoria acusa o defensor de fazer leilão dele mesmo entre vários clubes.
A promessa da diretoria é que dois ou três nomes sejam anunciados nesta terça-feira, mas um nome, não divulgado, pode atrasar. Estamos esperando uma definição do Avaí. Um atleta que está pra vir pra cá por empréstimo depende de ter seu nome avaliado pelo novo treinador, que vai ver se quer ele ou não à disposição, explica José Carlos Goulart Júnior, o Juninho, supervisor de futebol. Outros nomes também estão na mira, entre eles dois goleiros. Macuglia quer dois atacantes de velocidade. Um poderia ser o atacante Toni, que jogou a copa SC pelo Metrô.