Os municípios que compõem a associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri) tão mais atrasados do que nunca quando o assunto é meio ambiente. Mesmo com o prazo de entrega prorrogado pelo governo federal pra janeiro de 2014, o plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que detalha as ações das prefas pra acabar com os lixões e pro reaproveitamento da nojeirada, não deve ficar pronto antes de julho. O convênio pra contratação do serviço só foi assinado ontem, e a Amfri vai receber R$ 1,2 milhão do governo estadual pra montar o documento.
A política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determina que até agosto de 2014 nenhum lixão esteja funcionando em solo brasileiro. Uma solução pro descarte de lixo é o aterro sanitário. Como nem todos os municípios contam com essa estrutura, a maioria acaba encaminhando a porcariada pra citys vizinhas. Este é o caso de Bombinhas, Camboriú, Itapema e Porto Belo, que mandam pra Biguaçu; Balneário Piçarras, Ilhota, Luís Alves, Navegantes e Penha enviam pra Brusque e Balneário Camboriú descarta em Itajaí.
De acordo com o secretário executivo da Amfri, Célio Bernardino, o serviço já foi licitado e a instituição só tava à espera da grana pra iniciar o trampo. O plano vai ser executado pela escola de ...
A política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determina que até agosto de 2014 nenhum lixão esteja funcionando em solo brasileiro. Uma solução pro descarte de lixo é o aterro sanitário. Como nem todos os municípios contam com essa estrutura, a maioria acaba encaminhando a porcariada pra citys vizinhas. Este é o caso de Bombinhas, Camboriú, Itapema e Porto Belo, que mandam pra Biguaçu; Balneário Piçarras, Ilhota, Luís Alves, Navegantes e Penha enviam pra Brusque e Balneário Camboriú descarta em Itajaí.
De acordo com o secretário executivo da Amfri, Célio Bernardino, o serviço já foi licitado e a instituição só tava à espera da grana pra iniciar o trampo. O plano vai ser executado pela escola de Gestão Pública Municipal (Egem), de Floripa, e ele espera que até o final de julho o relatório para os 10 municípios da Amfri já esteja pronto. Contudo, o engenheiro sanitarista ambiental, André Antunes Miquelante, já adianta que esse prazo é muito apertado. Pro sabichão, pra dar conta do recado é preciso pelo menos 10 meses de trampo suado.
Vão deitar os cabelos na missão cinco engenheiros sanitaristas, uma assistente social, um economista, um assessor jurídico e um especialista em gerenciamento espacial. O trampo foi contratado por R$ 1.196.567,50. André adianta que o foco estará voltado pra formas de minimizar a quantidade de resíduos descartados em aterros sanitários, com metas para serem cumpridas em até 20 anos. Vamos priorizar a reciclagem, reaproveitamento de resíduos e o retorno desses materiais para as indústrias. Precisamos reduzir a quantidade de lixo enviada para aterros, comenta.
Todos os municípios brasileiros tinham até agosto de 2012 pra entregar o plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, detalhando as ações que cada prefa precisa tomar em prol do meio ambiente pra acabar com os lixões e pro reaproveitamento da cacalhada.
Mas aqui, na região, a coisa foi devagar, quase parando, tanto que oito municípios Itajaí, Navega, Barra Velha, Penha, Piçarras, Itapema, Porto Belo e Bombinhas não conseguiram enviar o papéli dentro do prazo. Somente Camboriú e Balneário Camboriú finalizaram o projeto a tempo.
Como o atraso rolou na maioria das citys do país, o governo federal prorrogou o prazo de entrega do documento pra janeiro de 2014. As cidades que não entregarem o documento não vão receber grana pra implantar as exigências da PNRS. O papéli deve informar, detalhadamente, quais medidas serão tomadas pra que a city transforme os lixões a céu aberto em aterros sanitários, além das ações pra concretizar a coleta seletiva, o reaproveitamento e a reciclagem do lixo.
Outra data importante é agosto de 2014. Este é o prazo final pras citys acabarem de uma vez por todas com todos os lixões do país.
Reciclagem e reaproveitamento de resíduos são algumas das soluções
De acordo com a engenheira ambiental e coordenadora do laboratório de Gestão e Valoração de Resíduos da Univali, Rafaela Picolotto, o grande desafio dos municípios é criar alternativas pra reduzir ao máximo o volume de lixo aterrado. Hoje, o procedimento é o seguinte: todo o lixo é despejado num buraco, coberto por terra e pronto. É claro que isso não pode ser feito em qualquer lugar. Primeiramente, é preciso uma vasta área de terra, cujo solo deve ser argiloso, contar com sistema de drenagem e queimar, pelo menos, o gás metano. Tudo é fiscalizado pela fundação do Meio Ambiente da Santa & Bela (Fatma).
No entanto, a sabichona ressalta que quando se investe na coleta seletiva, o aterro sanitário recebe só lixo orgânico, que pode virar cinzas. A reciclagem do lixo é muito importante, porque nos aterros sanitários não pode ser realizada a separação. Todo o material que está no caminhão vai ser enterrado. Se tivermos um sistema de reciclagem eficiente, poderemos queimar todo o lixo orgânico e encaminhar os recicláveis pra indústria, aponta.
Outro destaque da especialista é o reaproveitamento de resíduos industriais. O que é lixo pra determinada firma pode virar matéria-prima pra outra empresa. E todas essas formas de reaproveitamento do lixo devem estar previstas no plano.