Itajaí

Curtindo um dia na praia do Gravatá

DIARINHO tá conhecendo as praias da região e apresenta hoje o Gravatá

Por Karine Mendonça

Fotos: Lucas Correia

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O sol brilhou forte e o suor escorreu no rosto. A sede bateu, mas apenas sombra não resolvia. Às 15h11 de sábado, o verão, a estação mais bombada no litoral da Santa & Bela, deu o ar da graça. Pra te ajudar a curtir o que tem de melhor na região, o DIARINHO tá produzindo um raio-x das praias da região. E a primeira é a praia do Gravatá, em Navegantes.

A praia Central da city dengo-dengo tem 12 quilômetros de orla. O Gravatá tá nos dois últimos. Com mar forte e ondas pesadas, os pais precisam redobrar a atenção com os pequerruchos na água. De acordo com o bombeiro militar Rodrigo Souza do Nascimento, há muitas correntes de retorno irregulares. Assim, pra que os banhistas fiquem sempre vigilantes, as bandeiras nos postos salva-vidas são, na maior parte do tempo, amarelas. Até ontem, a praia ainda não tinha registros de afogamento.

Ao todo, 12 vermelhinhos trampam, divididos em dois postos. Segundo o salva-vidas Nascimento, pra dar um mergulho seguro tem que ficar sempre com água no umbigo e, claro, nunca entrar nas áreas com bandeiras vermelhas. Outros locais a serem evitados: foz do rio Gravatá, no início da praia, e em frente às ruas 7000 e 8150. No relatório de balneabilidade mais recente da fundação do Meio Ambiente (Fatma), esses pontos estão impróprios pra banho.

Blumenau em peso

As duas filhas pequenas de Eliane Pereira, 44 anos, adoram quando a mãe diz que vão siscapar da galega Blumenau pra passar um dia no Gravatá. E este não é um caso isolado. Os blumenauenses têm a praia de Navegantes como segunda casa. Todos os finais de semana, o aposentado Irineu Borges, 64, estaciona no Gravatá e traz junto um monte de parentes e amigos. “Aqui é tranquilo. A gente pode caminhar ou praticar esportes sem incomodação”, afirma, enquanto joga bocha.

Mesmo sem moradia fixa no Gravatá, Eliane costuma sair de casa cedinho e passar o dia de pernas pro ar na praia. O marido, Paulo Roberto Pereira, leva barraca, isopor com lanches, água e cerveja. Passa o dia todo na sombra. “Esta praia não é muito muvucada. Tem os turistas, mas é diferente. Você pode relaxar melhor com a família”, avalia Paulo. Apesar disso, quando a família precisa ir ao banheiro, só tem duas alternativas: correr pro mar ou pedir em algum dos estabelecimentos à beira-mar. A praia do Gravatá carece de infraestrutura: não tem chuveiros nem banheiros públicos.

Surfe e aluguel de pranchas

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Por R$ 15 ou R$ 20 a hora, quem curte pegar uma onda mas não tem prancha pode alugar o equipamento numa loja na beira da praia. O estabelecimento fica na avenida Prefeito Cirino Cabral, bem na esquina com a rua Carlos de Paula Seara. Segundo o proprietário, Jonata Lima, a clientela vem de Blumenau, Brusque e Gaspar.

O aluguel mais barato é pras pranchas pequenas, indicadas pra quem já tem experiência no marzão. Pros novatos, o recomendado é alugar uma prancha grandona pra garantir a estabilidade. No entanto, quem quiser comprar o próprio equipamento vai ter que desembolsar uma bolada. Os preços variam de 200 a 3,4 mil reales.

Quem já alugou muita prancha e agora tem o próprio equipamento é o adolescente Leandro Haag, 15. Todo verão, ele vem de Indaial até Navega e arrisca pegar umas ondas. Neste domingo, porém, o mar não tava pra amizade. O guri ficou sentado na areia esperando as ondas melhorarem. “O vento tá sul, as ondas tão quebrando muito forte. Hoje acho que vai ser difícil surfar”, avalia.

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Uma alternativa pra quem não tá a fim de entrar no mar é fazer exercícios na pracinha no final da praia do Gravatá. Todos os equipamentos são novinhos e dá pra fortalecer, digrátis, a musculatura dos braços, ombros e pernas.

Vendedores de tudo um pouco

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Se você não leva isopor com água, refri, cerveja nem rango, vai sentir no bolso o custo da consumação nas areias do Gravatá. Comer na praia é sempre mais caro, e o que não falta em Navega é vendedor ambulante. Por isso, é recomendado comparar os preços antes de abrir a carteira.

O ambulante Darci Fernandes, 59, trampa há 23 temporadas no Gravatá e se sente um pouquinho dono da praia. Mas, a contragosto, tem dividido espaço com outros vendedores. No carrinho dele, o tradicional milho cozido custa R$ 4 e a água de coco R$ 5. A água com gás custa R$ 2,50, enquanto a sem gás fica por 2 pilinhas. Os sucos de garrafinha tão sendo vendidos a R$ 3. Esses são os preços da maioria dos ambulantes. Já o refri e a cerveja de seu Darci saem por R$ 4, mas tem vendedor oferecendo por R$ 3.

O povão pode encontrar ainda pamonha, doce ou salgada, por R$ 5. Um punhado de castanha-do-pará custa 4 pilas. Pra se refrescar e lamber os beiços, não poderia faltar o picolé geladinho. Os carrinhos circulam o dia inteiro e oferecem picolé de fruta por R$ 1 e picolé de creme por R$ 3. Cada carrinho vende, em média, 300 unidades por dia.

Na barraca Hulck Caipirinhas, uma nota de 20 reais paga um coquetel de morango, caju, kiwi, abacaxi, manga ou uva. Ao som de músicas dos anos 80, o barman Ademir Clemes, 45, abandonou a vida de servidor público pra montar escritório na areia da praia.

Vindos em bando da Paraíba, os vendedores de redes estão por todos os lados. Dependendo dos acabamentos, o preço de uma rede varia de R$ 60 a R$ 120. Segundo Samuel Costa de Alencar, 23, o grupo de mais de 20 vendedores desembarcou sexta-feira em Navega e só deve voltar pro nordeste na segunda quinzena de janeiro.



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