
Mundo Corporativo
Por Altevir Baron -
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Cultura do medo nas empresas, isso existe?

“Melhor não insistir”, “não contrarie o chefe”, “não se exponha demais” — essas frases, repetidas em voz baixa, são sintomas de um ambiente onde o medo virou política de gestão. Nessas organizações, errar é pecado, questionar é rebeldia e inovar é risco demais. Resultado? Um time que executa, mas não cria. Entrega, mas não se envolve - não tem paixão.
Ambientes assim não perdem só criatividade — perdem pessoas. Os melhores vão embora. Os ousados se calam. E os inovadores são substituídos por obedientes. Um estudo da Gallup já apontava: equipes criativas nascem onde há confiança psicológica,
A autoridade de líderes que se impõem e amedrontam pela força hierárquica, não pela admiração que surge do reconhecimento. O poder é concentrado, a comunicação é truncada e as decisões são tomadas entre portas fechadas.
Equipes passam a fazer o mínimo, com medo de errar. Evitam reuniões, evitam falar, evitam pensar diferente. A inovação desaparece, a criatividade se esconde, e o medo passa a ser o maior gestor individual de cada colaborador.
Quando o medo governa, o talento individual é abafado.
Quando o chefe assusta, o time paralisa.
Quando o ambiente silencia, a empresa adoece.
As empresas marcadas pelo clima interno de medo acumulam processos pesados, burocráticos e perdem seu propósito. Porque, no fim, o verdadeiro capital de uma empresa são as pessoas que se sentem livres para contribuir. Onde não existe liberdade para criar, mudar regras, resta apenas um CNPJ fixado em paredes frias onde missão, visão e valores estão em quadros; já corações e bocas estão calados. Pessoas desanimadas cumprindo um papel dentro de uma descrição de cargos, emoções tristes sem sentimento de pertencimento dentro de uma organização que perde muito por não permitir a liberdade de expressão e novas ideias. Pense nisso, Melhore sempre!