Com o aparecimento de várias plataformas online, surgiram também inúmeros influenciadores digitais. Entre eles, profissionais das mais diversas áreas compartilham conteúdos para interagirem com seu público, vendendo produtos, demonstrando suas atividades e até a vida pessoal. Muitos com uma capacidade ímpar em impactar decisões e opiniões de seus seguidores e, sendo assim, chamaram a atenção dos políticos.

Desde então, quase que a totalidade dos políticos brasileiros tem contas em redes sociais. Em época de campanha são nas redes sociais que os candidatos se apresentam e fazem suas propostas, pois conseguem atingir um número expressivo de eleitores. Mas também é por elas que, infelizmente, disseminam “FAKE NEWS” sobre seus adversários políticos ou prometem ações que sabem que não podem cumprir.

Depois de eleitos, a grande maioria, mormente os que detém mandato no legislativo, começam a reproduzir postagens de suas ações legislativas ou críticas e elogios aos governantes. Já estes começam a demonstrar seus feitos e prestam contas das suas promessas de campanhas.

É aqui, entre os governantes, mormente prefeitos(as), que se vislumbra postagens inusitadas, fanfarronas, por vezes até jocosas, mas que não condizem com a autoridade do cargo que ocupam. E é tudo adredemente preparado, fazendo com que suas atitudes, nada espontâneas, se tornem ridículas.

Se tal comportamento dissesse apenas sobre a sua vida pessoal, seria problema somente seu, mas quando se trata de postagens de um(a) representante, mandatário(a) maior de uma Cidade, sua conduta passa a carregar significado institucional de credibilidade e integridade.

A rede social é uma poderosa ferramenta de comunicação com a população, mas exige dos(as) prefeitos(as) uma postura pública compatível com sua função, pois reflete os valores e a seriedade da sua administração. É preciso deixar de lado o marketing político e focar na importância dos seus atos de comunicação com a população, para não perder a confiança do público e passar a impressão que a cidade está sendo administrada por um(a) infante deslumbrado(a).