JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Duelo dos caciques
(foto: divulgação)
Faíscas pra todo lado! O clima esquentou entre o prefeito das bochechas rosadas, o pop star Fabrício Oliveira (PL) de BC, e o ex-tudo, candidato a prefeito de Camboriú, Leonel Pavan (PSD)
Reta final da campanha. Em cinco dias saberemos quem foram os grandes vencedores das eleições municipais deste sagrado ano de 2024. Para cada vencedor, haverá uma série de perdedores. E perder, amigo, é uma merda. Fala a verdade. Mas quando a derrota é iminente, restam duas opções: ou tocar fogo no parquinho ou perder com dignidade.
E aprender com os erros
É certo também dizer que depois de uma eleição vem outra, e depois outra, e assim sucessivamente, e que perder e ganhar faz parte do jogo da vida e, principalmente, da política. Nesse sentido, aprender com os próprios erros é fundamental, o único jeito de evoluir e caminhar em direção à famosa sabedoria. Aquela que poderá nos salvar.
Até aqui
Vídeos apócrifos, acusações sérias não comprovadas, ameaças, traições, pesquisas furadas, essas eleições tiveram de tudo. Como toda eleição. Resta saber o que vem por aí nesse finalzinho e que poderá definir o prafrentemente. O ex-tudo Leonel Pavan (PSD) fez um vídeo pedindo para que sua família fosse poupada. Sinceramente, não vi ataque à família.
O mínimo
No fundo, no fundo, o que quero dizer é que se espera o mínimo de dignidade de parte a parte. A vontade de tocar fogo no parquinho e de disseminar fakenews é grande e desopila o fígado, mas do ponto de vista desse socadinho escriba é improdutiva. E o eleitor vê isso com muito ceticismo e repúdio. Ou não? Ou estou errado?
Hora da verdade
Agora, denúncias embasadas e argumentações são sempre bem-vindas. A eleição é a hora da verdade, e quem se candidata tem que saber do que se trata – ou nem vem. Se não tem estofo ou couro duro pra aguentar o repuxo, que fique em casa e vá dormir.
Ataque à família?
O ex-tudo Leonel Pavan (PSD) fala de sua família em um vídeo, mas a sua família se candidatou. Ele a prefeito de Camboriú, e sua filha Juliana a prefeita de Balneário Camboriú. Então ser atacado é consequência. Ou não?
Hora da verdade 2
O prefeito das bochechas rosadas, o pop star Fabrício Oliveira (PL), também gravou um vídeo e respondeu que não é candidato e revelou o nome do suposto jornalista/ empresário que foi abordado com 100 mil reais em dinheiro vivo e ficou calado ao ser questionado da origem dos valores.
Caixa 2?
Fabrício acusou Pavan de estar fazendo caixa 2, no vídeo, relacionando o caso da abordagem policial e o desconhecimento dos valores que foram encontrados na caranga, sem que sua origem fosse revelada.
Quem é
O nome citado por Fabrício foi do Glauco Piai. Pra quem não sabe quem é, o nome é fortemente ligado ao Partido dos Trabalhadores paulista, com participação quando a Marta Suplicy era do PT e prefeita de São Paulo. Glauco também foi o diretor presidente da Itajaí Participações. Inclusive, foi pedida a sua saída, à época, pra que se contratasse alguém que entendesse do riscado...
Baixaria não!
Mas, o que estava escrevinhando e volto a afirmar é que esses ataques, vídeos, não são bem deglutidos pela população que no dia 6 de outubro vai às urnas. Lógico! E a coluna comentou que esta semana vai ser chute no saco, soco no queixo, tapa na rosca do zovido e dedo no zoio.
Faz parte do jogo
Esperemos que o bem triunfe e que o mal não prevaleça. Que essas eleições passem a limpo para melhorar a política. Haverá perdas irremediáveis? Claro que sim. Haverá alguma melhora e esperança de progresso social e econômico? Esperamos que sim... Afinal, a esperança é a última que morre. Mas, que perder é uma merda, isso é. E não duvide disso.
Alto nível
O debate promovido pela NDTV no último sábado, o único televisionado ao vivo na city pexêra, destoou de alguns outros encontros país afora e apresentou um alto nível de discussão dos problemas de Itajaí. Não rolou cadeirada, nem baixaria. Com isso, ganhou o eleitor que quer saber mesmo como nossos representantes vão resolver o problema do povão.
MBA
O parceiro do Robin, ops, Rubens Angioletti (PL), o Robison Coelho (PL), a cada 10 palavras que dizia, cinco eram Jorginho Mello (PL), duas mestrado e MBA, isso sem contar as vezes que usou o seu vice nas falas.
Jorginho
Fato é que Robison não caiu nas graças do povo e precisa sempre de alguma muleta pra se sustentar enquanto candidato. A aposta agora é dizer que Jorginho, que quase nada fez por Itajaí, vai ser o cara pra city.
Candidato Melagrião
De tanto que tossia, teve gente apelidando Coelho de candidato melagrião. Mesmo com um desempenho mediano, o semblante de Robison e a tosse constante, desde o último debate, demonstraram uma insegurança tremenda. Foi o que transpareceu para os eleitores. Será que vai ter segurança pra administrar uma city do porte de Itajaí e com tantos problemas?
Candidato Maracujina
O Sancho Pança Osmar Teixeira (PSD) manteve a toada do debate promovido pela NSC e tava na paz e amor. Jogando em casa, num ambiente onde foi criado, Osmar dominou as câmaras e foi propositivo o tempo inteiro. Pode até ter um povo com saudades da sua gritaria na piramidal pexêra, mas bem orientado, o Guri do Povo tem tentado demonstrar que tá maduro pra assumir a city. Só na base da maracujina.
Indiretinhas
Sem ninguém pra brigar e pra elevar a temperatura, restou ao deputado federal Carlos Chiodini (MDB), o Xoxodine, trabalhar com indiretinhas durante o debate. O alvo preferido foi Robison e seu choro de perdedor da última eleição municipal. Xoxodine também elevou a temperatura quando lembrou que Robison já foi condenado por falar mentira no primeiro debate, mas tudo tapinha leve.
É concessão
Fiz algumas elucubrações na coluna de sábado sobre espaços públicos que Itajaí perdeu por conta da força da grana e dos interesses e tal. Quando comentei sobre a área aterrada do Saco da Fazenda, que deu origem à Marina Itajaí e ao shopping que está vindo por aí no local, escrevinhei que o terreno foi doação, mas não foi. Assessoria de imprensa da Marina explica que é fruto de uma concessão no valor de R$ 3,5 milhões feita em 2013. Por 25 anos e mais 25. Caro, hein? Fica registrado.
Jorginho em Itajaí
O governador Jorginho Mello (PL) tem agenda, no dia de hoje, na city pexêra. O mandatário-mor participa de compromissos na cidade, que começam por volta das 15h, com a inauguração de três andares do hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen.
Em plena campanha
Do hospital, o governador vai pra Associação Empresarial de Itajaí, onde assina ordens de serviço pro almejado e pra lá de pedido trevo da BR 101 na Contorno Sul/Antonio Heil e a dragagem do nosso valão menor, o Itajaí-Mirim. Interessante que o governador resolveu vir a Itajaí na última semana da campanha eleitoral pra divulgar obras. Lógico, apenas uma coincidência...
Plus?
Os puxas de plantão alardeiam que a dragagem do Itajaí-Mirim é um ‘plus’ da necessária dragagem do valão maior, o Itajaí-Açu, que foi abandonada pelo Porto de Itajaí que mandou a empresa que fazia embora, depois de dar um calote de R$ 35 milhões. Ou seja, todo mundo promete e ninguém cumpre nada. Haja saco e ouvido pra escutar.
Pesquisa
E o festival de pesquisas continua dando o que falar. A disparidade entre um instituto e outro é gritante, fora que muitas vezes os números parecem não bater. Longe deste querer brigar com números de pesquisa e faço sempre questão de frisar isso.
Números confusos
Mas, vou te contar, fazer pesquisa e não saber ‘vender o peixe’ é pior ainda. Na pesquisa que foi bancada pela rádio Difusora e publicada na Band FM não fecham os números. Se somar tudo dá 100,1%. Ah, tá, seriam apenas os votos válidos. Mas, se é isso mesmo, o povão não manja e nem entende...
Difusora bancou
Aliás, interessante que a rádio Difusora tenha fôlego pra bancar pesquisa, porque, infelizmente, a emissora – uma das mais antigas da Santa & Bela Catarina – não anda bem das pernas há muito tempo. Uma pena.
Faz parte da história
Uma das poucas emissoras que ainda não migrou para a FM e que não se escuta em nenhum lugar. Acho que só no edifício Catarinense, que é sua sede. E falo com tristeza, porque a Difusora faz parte da radiofusão de Itajaí e do nosso estado.
Blog do JC
Além destas mais do que estrebuchadas linhas, o leitor pode acompanhar o trabalho do socadinho escriba também no blog do JC, no DIARINHO. Net. Se quiser bater um plá com o JC chama no zap que é o número (47) 98842-9084.
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