Colunas


Era uma vez...


O mundo ao nosso redor é muito interessante. Viver é uma sensacional aventura. Observar uma criança brincando de “Faz de conta” é muito extraordinário. “Era uma vez” é uma experiência que ocorre fora de nós e, com o tempo, passamos a colocá-la para dentro do corpo [in-corporar]. As crianças brincam de faz de conta de forma interessada porque aquilo ali não ocorre com ela. A forma pedagógica organiza o mundo imaginário, e a condição pedagógica põe as ênfases em jogo para atrair as emoções. “Faz de conta” é uma fantasia que ocorre ao longe.

Para a criança, os primeiros passos de socialização são carregados de situações externas ao ser e, ao mesmo tempo, fornecem as primeiras estruturas sociais para formar e instruir as interações entre as pessoas. Na maioria das vezes, o faz de conta é apresentado em situação de conflitos, egoísmos e maldade de um lado. Outros personagens são os representantes de proteção e salvamento diante da pureza e bondade original. Para as crianças o mundo vai sendo construído assim: bem contra o mal num mundo de “faz de conta”.

O amadurecimento logo exige da criança que ela se posicione e seja protagonista da história que vive. A etapa de socialização segundo a qual a criança vira personagem de si mesma, age e sente as condutas que experimenta para si, a coloca no meio de um conjunto de regras e valores, de coisas concretas, de experiência direta. Tarefas escolares, arrumar o quarto, a integração entre tempo e ação [quando se deve fazer algo: “hora de comer”, “hora do banho”, hora de acordar”, “hora de dormir”] passam a conduzir a vida. O mundo do faz de conta vai deixando de existir.

O amadurecimento adulto vai passar a exigir que a outrora criança possa dar conta da maioria de suas condutas e tarefas. Ao passar do tempo os adultos não precisariam mais indicar as condutas ...

Já tem cadastro? Clique aqui

Quer ler notícias de graça no DIARINHO?
Faça seu cadastro e tenha
10 acessos mensais

Ou assine o DIARINHO agora
e tenha acesso ilimitado!

Para a criança, os primeiros passos de socialização são carregados de situações externas ao ser e, ao mesmo tempo, fornecem as primeiras estruturas sociais para formar e instruir as interações entre as pessoas. Na maioria das vezes, o faz de conta é apresentado em situação de conflitos, egoísmos e maldade de um lado. Outros personagens são os representantes de proteção e salvamento diante da pureza e bondade original. Para as crianças o mundo vai sendo construído assim: bem contra o mal num mundo de “faz de conta”.

O amadurecimento logo exige da criança que ela se posicione e seja protagonista da história que vive. A etapa de socialização segundo a qual a criança vira personagem de si mesma, age e sente as condutas que experimenta para si, a coloca no meio de um conjunto de regras e valores, de coisas concretas, de experiência direta. Tarefas escolares, arrumar o quarto, a integração entre tempo e ação [quando se deve fazer algo: “hora de comer”, “hora do banho”, hora de acordar”, “hora de dormir”] passam a conduzir a vida. O mundo do faz de conta vai deixando de existir.

O amadurecimento adulto vai passar a exigir que a outrora criança possa dar conta da maioria de suas condutas e tarefas. Ao passar do tempo os adultos não precisariam mais indicar as condutas. As pessoas devem assumir suas tarefas de acordo com os valores sociais e regras culturais que foram incorporadas em seu ser. Suas experiências anteriores estarão na formação da identidade social e moral. A qualidade do respeito, da empatia, das emoções foi moldada e forjada antes. Se não foi bem-feita, as dores virão. Gritos e acusações serão expressão da fraqueza da formação social quando criança. Não dá mais para viver de fantasias, e nem se agarrar em contos de fadas para gerar um mundo que caiba em sua mente. A vida é real, a maior parte está fora de você, e sua interação explodirá de acordo com sua formação incorporada. Precisamos ser capazes de pensar o que dizer ao outro porque agora somos protagonistas de cada palavra dita, gritada, sofrida, erguida.

A Política é um dos caminhos para os adultos gerarem conteúdos [promessas] para criar cenários futuros e projetar os encantos dos desejos.  O Político, em processo de eleição e de gestão – cada um a seu tempo, tal qual a formação da criança – é o encarregado de contar uma história de aspiração, reter as emoções dos espectadores e atrair sentidos para o enredo. Depois, caso eleito, será o protagonista da história contada. A “oposição” e a “situação”, longe de pensar no conjunto das necessidades das pessoas, se entrelaçam em disputas do “bem” contra o “mal”.

A Política é a arte de projetar o depois, organizar o futuro, selecionar cenários. A vida real é a referência ao futuro. Passo a passo, não haverá varinhas de condão para transformar, com magias surpreendentes, a realidade de viver a vida. Fantasias estarão sempre aquém das lutas do dia a dia. Apesar de tudo, a Política é o caminho dos desejos plausíveis, sem “faz de conta”.


Conteúdo Patrocinado


Comentários:

Deixe um comentário:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Para fazer seu cadastro, clique aqui.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

ENQUETE

O que você acha da privatização da Marejada?



Hoje nas bancas

Confira a capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯


Especiais

“Bolsonaro ainda é insubstituível”: antropóloga analisa os rumos da extrema direita

EXTREMA DIREITA

“Bolsonaro ainda é insubstituível”: antropóloga analisa os rumos da extrema direita

Organização dos EUA é usada para convocar ex-assessor de Moraes para falar no Senado

JULGAMENTO DO GOLPE

Organização dos EUA é usada para convocar ex-assessor de Moraes para falar no Senado

“Comunidades estão no meio do fogo cruzado”, diz especialista

Narcotráfico na Amazônia

“Comunidades estão no meio do fogo cruzado”, diz especialista

Como a rede de acolhimento se vira contra meninas que necessitam abortar

Rede invisível

Como a rede de acolhimento se vira contra meninas que necessitam abortar

“Alguém tem que fazer alguma coisa”: velejador adere à flotilha para quebrar cerco a Gaza

FAIXA DE GAZA

“Alguém tem que fazer alguma coisa”: velejador adere à flotilha para quebrar cerco a Gaza



Colunistas

A contabilidade como instrumento de orientação no mercado de investimentos

Artigos

A contabilidade como instrumento de orientação no mercado de investimentos

Foro metropolitano na Gororoba

JotaCê

Foro metropolitano na Gororoba

Sete de Setembro

Charge do Dia

Sete de Setembro

Você sabe receber um não?

Mundo Corporativo

Você sabe receber um não?

A tentativa de golpe continua

Casos e ocasos

A tentativa de golpe continua




Blogs

Hábitos que detonam sua pele

Blog da Ale Françoise

Hábitos que detonam sua pele

Saretta e Cássio Motta e outros tenistas se reúnem em evento que mistura esporte, saúde e filosofia

A bordo do esporte

Saretta e Cássio Motta e outros tenistas se reúnem em evento que mistura esporte, saúde e filosofia

Isla Praia Brava inaugura neste sábado com Tim Engelhardt no comando do som

Blog do Ton

Isla Praia Brava inaugura neste sábado com Tim Engelhardt no comando do som






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.