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Narcisismo: um mal silencioso presente nas relações


Narcisismo: um mal silencioso presente nas relações

De acordo com Aaron Beck, o pai da Terapia Cognitivo-Comportamental, o narcisismo é um mecanismo compensatório frente a uma fragilidade interna em que a pessoa, por se sentir incapaz de ser superior, ativa crenças de inferioridade, insignificância ou impotência, desenvolvendo estratégias de autoproteção e de autodefesa para equilibrar.

O ser humano pode iniciar a formação dessas crenças disfuncionais através de experiências aversivas na infância. À medida que ele vai crescendo e se deparando com as frustrações da vida, isso vai se dissipando e assim segue a formação saudável do psiquismo. No entanto, nem todas as pessoas conseguem sair desta fase e permanecem nesse autofascínio a vida toda. Nesse caso, o narcisismo se transforma em patologia, ou seja, passa de um estado normal para doentio.

Para lidar com os sentimentos ruins ocasionados pelas crenças disfuncionais, o sujeito passa a acreditar que é superior e ele mesmo se coloca no centro do seu mundo. É uma imagem que o mesmo cria dele mesmo. É bom esclarecer que “imagem”, neste caso, vai além da aparência física. Para o narcisista, ela está relacionada à sensação de importância e superioridade que, às vezes, só ele acredita possuir.

Existe um “espectro do narcisismo” que vai do relativamente benigno até o maligno. Em um extremo, são pessoas tidas como sociopatas, no outro, são centradas em si, mas capazes de sentir empatia e carinho por algumas pessoas. Ao contrário do que muitos pensam, o narcisista não tem uma boa autoestima. Sua sensação de grandiosidade é um modo que encontrou para lidar com os sentimentos de carência emocional e defectividade e não revela amor próprio, e sim uma patologia. É um “self” adoecido que resulta numa baixa autoestima cercada por arrogância e prepotência. Talvez por isso seja tão difícil mostrar-lhe que ele não é tão especial quanto pensa. Fazer isso implica em atrito certeiro. Para manter um bom relacionamento com um narcisista, deve-se elogiar desmedidamente e considerá-lo como fundamental e imprescindível.

Algumas características são marcantes no narcisista: egoísmo, egocentrismo, presunção, individualismo, ausência de empatia, menosprezo aos outros. Esse conjunto faz com que ele se comporte, na maioria das vezes, de forma abusiva e arbitrária, sobretudo nos seus relacionamentos amorosos.

Apesar de ser perito em sugar e acabar com a autoestima e a autoconfiança de quem convive, ele não acredita que está agindo mal, apenas se sente merecedor ilimitado de mais.

Se relacionar com um narcisista é abrir mão da equidade dos direitos iguais. Seu parceiro sentimental leva a relação em constante atrito, buscando, em vão, convencê-lo da disparidade que os separam. Nunca conseguirá. Para isso, ele precisaria enxergar além do seu próprio umbigo. Algo muitas vezes impossível para o narcisista, sem o mesmo procurar ajuda especializada.

Outro comportamento que um narcisista pode ter é o de agressividade, hostilidade, dominação e assertividade excessivas, busca de reconhecimento e status, manipulação e exploração. Dependendo da gravidade do narcisismo, a pessoa pode usar a violência física para responder aos seus subordinados (que ele pensa serem). Sua capacidade de expressar sentimento se limita ao quanto a pessoa pode lhe oferecer, aquele onde um sempre precisa de se rebaixar para o outro se sobressair.

Sentindo-se sozinhos e rejeitados devido aos conflitos ocasionados pelo modo autoengrandecedor presentes, os narcisistas quando sozinhos se envolvem em atividades que proporcionem estimulação e excitação, tais como esportes em excesso, uso de álcool e drogas, pornografia, sexo promíscuo, comer em excesso etc.

Se você se sentiu descrito nessa personalidade ou percebeu que convive com alguém assim, é importante buscar ajuda de um profissional especializado na área da saúde mental. Sua saúde emocional agradece.


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