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Marco do sesquicentenário do município destruído


No ano de 2010, o município de Itajaí comemorou 150 anos de sua emancipação política.

Além das inúmeras festividades, pensou-se em erigir um monumento como marco do Sesquicentenário. O Dr. Carlos Fernando Priess sugeriu então convidar o famoso arquiteto Marcos Konder Neto, catarinense e radicado no Rio de Janeiro, para projetá-lo. Marcos, então com 82 anos, prontamente e com muita satisfação aceitou a incumbência graciosamente.

Vencedor de vários concursos de arquitetura; professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro por 20 anos; agraciado com inúmeras honrarias; autor de projetos na área de urbanismo, edificações esportivas, centros administrativos, religiosos, comerciais e residenciais; dentre muitos outros, foi o autor do projeto do Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, o conhecido monumento aos pracinhas, erguido no Aterro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro.

Marcos remeteu então um anteprojeto para análise dos interessados em Itajaí. Era uma concepção original que ele intitulou de “Espaço do Sesquicentenário”. Compunha-se de um arco metálico ...

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Além das inúmeras festividades, pensou-se em erigir um monumento como marco do Sesquicentenário. O Dr. Carlos Fernando Priess sugeriu então convidar o famoso arquiteto Marcos Konder Neto, catarinense e radicado no Rio de Janeiro, para projetá-lo. Marcos, então com 82 anos, prontamente e com muita satisfação aceitou a incumbência graciosamente.

Vencedor de vários concursos de arquitetura; professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro por 20 anos; agraciado com inúmeras honrarias; autor de projetos na área de urbanismo, edificações esportivas, centros administrativos, religiosos, comerciais e residenciais; dentre muitos outros, foi o autor do projeto do Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, o conhecido monumento aos pracinhas, erguido no Aterro do Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro.

Marcos remeteu então um anteprojeto para análise dos interessados em Itajaí. Era uma concepção original que ele intitulou de “Espaço do Sesquicentenário”. Compunha-se de um arco metálico suspenso por estais, sustentado por um obelisco de granito, um espelho d´água, abrigando o escoramento dos estais, e um espaço circular individualizado, a situar-se sob o arco. Este arco, elemento inspirador do conjunto, significa um abraço de boas vindas que Itajaí deu a todos que, desde o começo, aqui chegaram e adentraram pela foz do rio.

O monumento é um todo representado por esses elementos agrupados e indissociáveis.

Como presente à cidade, várias pessoas e entidades se cotizaram na obtenção de recursos para edificá-lo. Tais colaboradores foram enumerados e seus nomes gravados na placa de granito ao pé do obelisco. O monumento, dotado de iluminação própria, foi inaugurado em 30 de dezembro de 2010.

Hoje, 12 anos após, está ele pichado, com placas de granito quebradas, com ferrugem nas áreas metálicas, falta simplesmente uma placa inteira ao pé do obelisco, além de inúmeras rachaduras.

Para completar o descaso, a iluminação não funciona e – pasmem! – semana passada o espelho d´água foi aterrado!

Pura prova de incompetência de mantê-lo funcionando, apesar do maquinário ter sido instalado.

Pena. Marco Konder Netto (falecido aos 94 anos em 2021) teria pouco a se orgulhar desta obra que concebeu na terra de seus antepassados.

* Arquiteto e urbanista, membro do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural de Itajaí


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