O Marcílio Dias tem um dos piores ataques de toda a série D do campeonato Brasileiro e não por acaso. O Marinheiro marcou apenas seis gols em nove partidas e a falta de efetividade, na frente, ficou evidente, no último sábado, quando o Marcílio empatou em 0 a 0 contra o Esportivo, na cidade de Bento Gonçalves-RS. Com uma mudança tática para o 3-5-2, o Marcílio surpreendeu o adversário gaúcho e teve controle do jogo durante mais de 70 minutos. Nas suas duas primeiras linhas, de defesa e meio de campo, o Marcílio foi absoluto com a entrada de Wallace e Magrão na zaga, ao lado de Luan. Moisés e Julinho também tomaram conta da meia cancha defensiva, mas, a partir daí, o Marinheiro se desencontrou. Em tarde muito ruim, Wellington, Alessandro, e os laterais promovidos a alas, Paulinho e Luiz Renan, produziram muito pouco. Anderson Ligeiro foi o único a entender bem a estratégia de flutuar pelos dois lados do campo, mas não tem como características a finalização. A entrada de Marcos Júnior deu mais mobilidade pelo lado direito de ataque, no segundo tempo, mas, por outro lado, o atacante desperdiçou duas chances claras de gol, mostrando que também não é o finalizador de que o Marcílio tanto carece. Kendy, Fernando e Thiaguinho entraram depois, mas também não foram efetivos. A alteração tática do Marcílio deu um nó na cabeça do treinador do Esportivo, que só chegou à meta do Marcílio aos 34 do segundo tempo. O treinador rubro-anil, Carlos Alberto Teco, acertou na estratégia, mas o material humano, que ele tem pra trabalhar, é limitado no setor ofensivo.