Mas a culpa é de quem?

A ousadia não é peixeira

O edil, que lá pelos idos de 2012 lançou o livro “A ousadia é peixeira”, disse que, na verdade, não pensa mais assim, e acredita que Itajaí perdeu a oportunidade de ter uma troca de geração que, segundo ele, traria inovação e novas práticas para a prefa peixeira, que no seu ver tá engessada por velhas ideias e que vai para 28 anos com apenas dois prefeitos.

Mas a culpa é de quem?

Só que, ladino como é o moço, quando lhe questionei sobre de quem é a culpa pela derrota do atucanado Robison Coelho (PSDB), Níkolas, que foi um dos coordenadores da campanha intitulada de mãos limpas, ao invés de apontar o dedo para os seus adversários, nem titubeou pra cravar: “a culpa é nossa”, disse sem nenhum constrangimento.

Elogiou

Na verdade, Níkolas Reis rasgou até uma seda pra um ilustre membro palaciano, o primeiro-ministro Jean Sestrem. Diz ele que tem dito há uma pá de tempo pros seus colegas, a galera da oposição, que eles só tiveram tanta evidência graças ao trabalho do Jean com o “crônicas palacianas”, e que se eles eram sete, o Jean era mais sete. Quando o Sestrem foi pro governo, garantiu Níkolas, o Volnei ganhou duas vezes, tirando ele de nós, e melhorando a própria imagem.

Que que deu?

Ainda segundo o vereador, que também é presidente do Podemos peixeiro, seus pares nunca entenderam isso, e nunca fizeram nada pra compensar a perda. A falta de acordo nas eleições de 2018, “onde as vaidades foram mais importantes que a cidade”, também foram fundamentais para ele no quesito “se ferramos”. Ai, ai, ai qui dor!

Mas não só ...

Pra completar a mea culpa, Níkolas lascou ainda que a “molecagem” da direção estadual do PSL (que teria prometido e não cumprido), somado ao “chororô” da minha ex-musa-BBB Anna Carolina (PSDB), foram as razões principais da derrota. Segundo ele, faltou maturidade pra ambos, e lamenta que sua geração seja assim, “burra e egoísta”. Uiuiui!

Por que me odeias tanto?

Sobre a minha ex-musa BBB, Anna Carolina (PSDB), o edil futebolista revela que teve que engolir calado a montoeira de ofensas que a futura vereadora lhe fez, inclusive de “traição”, quando o único que jamais poderia ter traído ela era exatamente ele, já que sempre disse que não estariam jamais juntos.

Afundando...

Sem modéstia, Níkolas Reis fala que era mais candidato que ela (Anna), pelas suas qualificações e experiências, mas que abriu mão pelo consenso, o que ela “não fez até hoje”. Poetizando, o cara concluiu que “as lágrimas que ela segue chorando formam o mar em que estamos afundando”. Orra! Detonou...

Trio de três

Mas o cara não é só veneno, e garante que o PSL local foi firme até o fim e honrou as calças que veste. Parabenizou a liderança do entisicado Fernando Pegorini e do ex-bonzinho Edson Lapa, ressaltando que o partido vai ter que se reiventar “e tem condições pra isso”, afirma, mas que a eleição de 2022 e a sucessão do barbudinho Volnei Morastoni (MDB) passa pela trinca Robison, Anna e Angioletti, “não necessariamente nessa ordem”, conclui.

Será?

Níkolas acha que se os três conversarem e cada um disputar um cargo diferente, ganham os três, mas se insistirem nos projetos pessoais ou se vier um outro de fora (estaria falando do Otto da Farmácia/Republicanos?), também perdem todos. Ele ainda diz que a união que era para ter sido consolidada, agora precisa se dar imediatamente, senão Volnei fará o sucessor. Faz sentido...

Articulador?

Curioso que sou, o colunista pançudinho perguntou se ele seria o articulador dessa frente, mas parece que, apesar de futebolista, o que o cara quer mesmo é tirar o time de campo. Níkolas jura que está a serviço do seu “líder”, o vereador mais votado da história da city peixeira, o galego Rubens Angioletti (Podemos). “Não articulo mais nada, sou apenas um soldado do meu amigo Angioletti. O que ele mandar eu faço”, concluiu. Então tá...

Pra não perder o costume

Mas mesmo tendo reconhecido que a derrota se deu pela própria incompetência do seu grupo, o vereador que não esconde de ninguém sua treta com o prefeito reeleito disse que, mesmo que isso desse a vitória, ele não faria o que o barbudinho Volnei Morastoni (segundo ele) fez, que é “envolver a família”. Segundo Níkolas, ele recebe um monte de coisas relacionadas com a família do alcaide, mas nunca nem usou, nem vai usar, “porque tudo tem limite”.

Amor e ódio

A verdade é que a história desses dois é antiga, e ninguém sabe bem onde começa e nem onde (e “se”) termina. De qualquer forma, o ex-menino de ouro fez questão de ressaltar que o polido João Paulo Tavares Bastos Gama (PP), e o André Sandri, vulgo Deco (sem partido), são “homens íntegros”, que “não mereciam a exposição familiar que tiveram. É foda”, soltou ele ...

Laudo dando caldo

Ao defender os amiguinhos, é evidente que o futebolista se refere à questão dos laudos da água distribuída emergencialmente ao povão, que foi assunto na coluna de ontem e que foi o diferencial dessa campanha.

Defendeu

Níkolas Reis garante que não há nada de errado da parte deles e nem da OAB, que “cumpriu sua função institucional”, e que se o governo insistir no que chama “desse segundo turno”, vai acabar sobrando é pro governo, porque o buraco seria mais embaixo e tem gente que pode se enrolar. Sério?

Na paz

É dever profissional desse socadinho escriba dizer que tudo isso foi falado pelo amigo Níkolas na boa e em “on” como se diz no jargão jornalístico, e que em nenhum momento ele demonstrou remorso. Na real, ele veio fazer uma visita de cortesia para reafirmar que está deixando a política e vai se dedicar a novos projetos, como seu doutorado, seu escritório e seu filhote Manoel Francisco.

Duvido

Na real, na real, acompanhando a trajetória dele há tantos anos, é de se duvidar de uma coisa dessas, e no mínimo ele vai seguir dando esses pitacos de vez em quando. Embora esse colunista não tenha nada contra, nem a favor, muito pelo contrário, fiz questão de dizer pra ele que a piramidal perde um bom vereador, mas também desejei sucesso nas novas empreitadas. Vida que segue.

Em cima

A vereadora e ex-candidata à prefeita da capital da pedrada e ex-do tiro ao vereador, a entisicada Jane Stefenn (PSL), ao ser questionada sobre seu rumo em 2021, disse que ainda não sabe, mas que vai continuar fiscalizando e cobrando as ações do executivo.

Oportunidade

“Espero que o prefeito aproveite a oportunidade da reeleição pra fazer um bom governo. Que ele faça a reforma administrativa, reduza o número de comissionados, e monte uma equipe técnica para ajudar Camboriú a crescer de verdade”, debulhou a galega Jane.

Obrigado!

Quero agradecer aos leitores da coluna, bagrões e bagrinhos que tiraram um tempinho pra parabenizar o socadinho escribapela passagem do seu níver. Os leitores Alex Andrade o Milton Luiz de Souza, o galego, vieram parabenizar o pançudo pessoalmente. Alex até trouxe uns salgadinhos. Quero dizer obrigado pela lembrança e reafirmar que continuo com a minha missão de disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno para o bem da coletividade. Vamos em frente!