
JotaCê
Por Coluna do JC -
JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Política da pandemia

O coronavírus avança nas citys da nossa região e a pandemia tem virado uma guerra política. Ações de todos os tipos e, principalmente, críticas. Um grande circo montado pra atacar futuros adversários nas eleições que, no fim das contas, serve mesmo é pra confundir as pessoas e não ajuda em nada no combate à pandemia.
Ivermectina
Em Itajaí, por exemplo, a polêmica gira em torno da ivermectina. A city peixeira é a primeira do Brasil a distribuir o medicamento pra toda população que quiser, informando que ele pode ajudar na prevenção ao contágio e na diminuição dos sintomas no tratamento da covid-19.
Ajuda ao combate
O prefeito barbudinho Volnei Morastoni (MDB) tem falado constantemente que teve a iniciativa, mesmo ainda sem comprovação científica, pois há estudos e casos pelo país e exterior que mostraram resultados positivos com relação ao uso da ivermectina no combate ao coronavírus, tanto que faz parte de vários protocolos de instituições médicas importantes pra quem contraiu a doença.
Tentando prevenir
Médico, Volnei disse que prefere tentar ajudar as pessoas neste momento, com ações que podem auxiliar na prevenção, do que ficar olhando a banda passar e esperar a pessoa piorar e precisar de um leito de UTI e respirador.
Aprovação popular
A grande maioria da população aprovou a ação da prefa peixeira e aderiu à campanha, que por sinal tá muito bem organizada no Centreventos e nos postos de saúde. Até ontem, mais de 80 mil pessoas tinham retirado a ivermectina, que praticamente sumiu das farmácias de todo o país.
Os do contra
Apesar da aprovação popular, você acha que os políticos opositores ao governo municipal falariam bem desta ação, mesmo concordando com ela? Com certeza, não! É berro atrás de berro, vídeo e postagem em rede social questionando tudo pra tentar desqualificar a ação. Dizem até que, enquanto criticam, mandam parentes buscar o remédio pra eles. Ai, ai, ai, que dor!
Tem de tudo
Há críticas pra todos os gostos. Desde o valor pago pelo medicamento, que por sinal é bem mais baixo do que o encontrado no mercado, até em como é feita a distribuição pras pessoas e ainda a falta de comprovação científica. Mas, pensando bem, tem estudos que questionam até se os respiradores na UTI ajudam a pessoa a se recuperar de covid-19.
Denúncia ao MP
A bola da vez é a denúncia dos vereadores Edson Lapa e Fernando Pegorini, ambos aliados do governador Carlos Moisés e membros do PSL, de distribuição irregular da ivermectina, via sindicato, a outros municípios. Os edis fizeram até denúncia ao ministério Público.
Sindicato
Os vereadores do PSL se basearam em áudios do servidor público Marcello Petrelli, que ocupa cargo comissionado no porto, conclamando membros do sindicato dos Despachantes Aduaneiros da Santa & Bela, que ele preside, a fazerem uma lista pra pegar o medicamento através do sindicato, independente da cidade em que moram.
Não rolou
Em nota do sindicato, Petrelli garante que seus áudios foram distorcidos e utilizados pra cunho político. Segundo o presidente, de posse de uma lista de nomes dos filiados iria ver a possibilidade de retirada do medicamento no Centreventos, coisa que não chegou a rolar. Leia a nota completa no Blog do JC – www.diarinho.com.br/blogdojc
Dedo na ferida
Não sou dos mais simpáticos ao ministro do STF, Gilmar Mendes, mas que ele botou o dedo na ferida quando disse que “o exército está se associando a esse genocídio”, isso botou. A frase foi no contexto de um debate que Mendes participou no sábado. A crítica é ao vazio no comando do ministério da Saúde, ocupado desde a saída de Teich, o breve, por um interino, general Pazuello, sem qualquer formação na área.
Mais lenha na fogueira
Os militares não gostaram e o ministério da Defesa informou que fará uma representação na Procuradoria Geral da República contra o ministro do STF. Mais lenha na fogueira num momento raro de lucidez em que Bolsonaro tenta uma reaproximação com a mais alta corte. Mas isso não é problema meu. A questão é que é mesmo surreal a gestão (ou não gestão) do governo federal diante da pandemia. Uma vergonha.
Desencontro
A sessão da casa do povo da Dubai Maravilha, da última terça-feira, exibia desatenção e a falta de assessoria. O encontro, meio presencial e meio virtual, foi marcado pela falta de pareceres das comissões permanentes da casa.
Prejudicados
Não poderiam nem ter sido pautados, mas acabaram votando e os projetos ficaram prejudicados, pois sem os pareceres, nossas amadas excelências vão ter que votar novamente os projetos na sessão seguinte.
Perdido
A sessão só deixou transparecer o que já vem sendo observado há algum tempo: a assessoria ganha muito bem, mas na hora que precisam, só tinha um assessor em plenário e o presidente Omar Tomalih (Podemos) parecia perdido e sem conhecimento da própria pauta, a qual é o presidente quem define, ao menos na teoria.