JotaCê
Por Coluna do JC -
JC é colunista político do Diarinho, o jornal que todo mundo lê, até quem diz que não. A missão do socadinho escriba é disseminar a discórdia, provocar o tumulto e causar o transtorno, para o bem da coletividade.
Ferveu
A audiência que ouviu a secretária de Educação, Elizete Cardoso, foi recheada de tensão. Tudo por conta de uma manobra esquisita imposta pelo vereador, nesse caso, não tão bonzinho, Edson Lapa (PR), que preside a tal da CPE das diárias.
Circo
Ao chegar para ser ouvida na piramidal casa do povo, Elizete se deparou com um circo armado para sua audiência no meio do plenário da piramidal, com tudo preparado até para transmissão ao vivo pela TV do legislativo. O que não foi usado para outros que foram ouvidos.
Rasante
Depois de deixarem a secretária esperando mais de uma hora, o primeiro a chegar foi o vereador tucano Robison Coelho, que segundo perdigueiros, quando viu o banzé armado, imediatamente solicitou que o circo fosse desmontado.
Pessoal
Nos corredores da piramidal não se falava em outra coisa, todos abestados com o tratamento desproporcional que Lapa deu à convidada. Perdigueiros relembram que o vereador, nesse caso malzinho, tomou uma fumada social por conta da perseguição com uma professora, meses atrás, que ele tentou fritar por questões ideológicas. Como a Elizete não passou pano e preservou a profissional, Lapa teria ficado ressentido. Que coisa!
Bufou
Teria o presidente da piramidal, Paulinho Amândio (PDT), sabido do ocorrido e endoidado com o abuso de autoridade do vereador Lapa, chegando ao ponto de determinar uma série de providências para que isso não se repita.
Recorrente
Essa questão de alguns se acharem acima da lei e da humanidade quando querem aparecer tem sido recorrente na oposição peixeira. O próprio Robison Coelho, em nota no dia de ontem, pediu desculpas à sociedade por ter votado com o vereador Beto Cunha (PSDB) num projeto que segundo o próprio Robison fomentava o preconceito e a divisão social. Aí é f...! Ao final do depoimento à CPE, a secretária Elisete Furtado passou mal e foi socorrida por servidores da piramidal.
Pra acabar
Foi de doer na alma a postura que os nobres edis peixeiros tiveram nesta semana. Com a maioria se escondendo no plenarinho pra não votar, os vereadores aprovaram com cinco votos favoráveis, três abstenções e um voto contra um requerimento em que pedem que os senadores catarinenses votem contra a criminalização da homofobia.
Como votaram
O proponente do requerimento foi o vereador e suplente de deputado federal Beto Cunha (PSDB), que é um líder dentro da igreja católica e defensor das famílias e dos bons costumes. E, por desconhecimento ou burrice mesmo, propôs tal disparate. Os vereadores Luís Fernando da Silva (PDT), Níkolas Reis (PSB), José Acácio da Rocha (DEM) e Robison Coelho (PSDB) votaram a favor.
Em cima do muro
Marcelo Werner (PCdoB), Sergio Murilo Pereira (PP) e Fabrício Marinho (Cidadania) ficaram em cima do muro e se abstiveram. Wanderley Dalmolin (MDB) foi o único que votou contra. Parabéns! Fora isso, uma pá de excelências se escondeu no plenarinho pra não dar a cara à tapa.
Fato
Goste ou não, achando bonito ou achando feio, a verdade é que o Brasil é um dos países que mais mata lésbicas, bissexuais, gays, travestis e transgêneros no mundo. No congresso há consenso, inclusive entre parte dos parlamentares da bancada evangélica, que a lei que combate a homofobia é importante. O projeto de lei ganhou inclusive um substitutivo para permitir a liberdade religiosa de quem não concorda com uma orientação sexual diferente da heterossexualidade.
Pegou mal
Qualquer um que tenha tirado meia hora para pesquisar os textos da lei, no site do Senado, entende que a proposta mantém a liberdade religiosa, mas combate a homofobia. Por isso, obviamente, o requerimento pegou mal e fez com que a piramidal casa do povo de Itajaí fosse citada, de novo, de forma vexatória na imprensa.
Voltaram atrás
Dos quatro votos favoráveis que o requerimento recebeu – sem contar o proponente do texto – dois se arrependeram publicamente. Os vereadores Níkolas Reis (PSB) e Robison Coelho (PSDB) sisplicaram dizendo que votaram pelo teor do requerimento e não foram atrás do texto da lei federal. Como o requerimento foi votado numa inversão de pauta e sem discussão, a desculpa até que colou.
Matéria vencida
Vale frisar que, com a lenga lenga dos congressistas com relação a lei polêmica, o Supremo Tribuna Federal (STF) já bateu o martelo no final de maio criminalizando a homofobia. O julgamento ainda não terminou, mas a maioria dos ministros já votou a favor da criminalização. Ou seja: a matéria no senado já está vencida o que torna o requerimento do tucano peixeiro ainda mais tosco.
Poucas & boas...
- Carlos de Paula Seara, o Calinho Canela, deve ser candidato a vereador pelo PSC peixeiro, em 2020. Calinho tocou por muito tempo o caminhão do peixe e deixou saudades. – Encontrei na rua o empresário, Armando Duarte, conhecido por Carioca que me confidenciou de seu desejo de disputar uma cadeira na piramidal, no ano que vem.
