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Novo olhar para Balneário Camboriú


Ainda não temos noção da im­portância que fará o Teatro Muni­cipal de Balneário Camboriú para a história/estória desse jovem muni­cípio. Não será apenas simbólico. O espaço vai refletir diretamente na vida de todos os cidadãos, que hoje conta com um pacote turístico que se resume às mesmas atrações de sempre. Um presente para pró­ximas gerações que nascerão aqui ou visitarão uma nova cidade, que não é feita apenas de sonhos e pro­messas.

Pensemos no teatro como fonte pedagógica: nossos estudantes vi­sitando, conhecendo as ferramen­tas teatrais e utilizando isso nos vá­rios lados da vida. Teatro é terapia, é ensino-aprendizagem, é remédio contra ignorância, burrice, falta do que se fazer. Balneário Camboriú esta preparada para este salto cul­tural? Teria noção a cidade sobre a diferença que esse espaço cultu­ral e educacional fará para todos? Na Europa, vários municípios pe­quenos - a exemplo de Bilbao, na Espanha, cresceram em turismo e economia ao apresentar à popu­lação museus bem construídos, frutos de uma artística arquitetu­ra. A atividade cultural européia gerou emprego, renda e incenti­vo à criatividade e inteligência de seus moradores. Mas a Europa é apenas um exemplo. O Brasil, nos últimos anos, acordou para esse tipo de produção - empresas mais sensíveis e produtores trabalhando mais, em diversas áreas.

É necessário um planejamento cultural. Não tem público? No co­meço, não. Pois quem nasce dentro de um teatro? Criança não nasce dentro da escola, ela aprende que tem que visitar todos os dias. Tea­tro, cinema, biblioteca é igual. Tem que atrair essas pessoas de alguma maneira. E o Governo Federal, Es­tadual, sinalizam maneiras para isso. Hoje contamos com progra­mas culturais bem apresentados, que podem muito bem ser aplica­dos a qualquer hora. O que falta? Um olhar específico para o âmbi­to cultural. Quando se começou a criar secretárias do Meio-Ambiente Brail afora, muito ambientalistas afirmavam que ecologia deveria ser tratado em toda e qualquer secretaria, e que o fato de contar com um repartição específica não resolveria o problema. É como di­zer: é superficial e banal demais ter um nome, mas não termos ação eficiente e imediata. Na cultura, penso o contrário: o engessamento do Poder Público faz com que a po­pulação fique adormecida, torne-se mal educada. Enquanto não tiver­mos cinema gratuito, museus, mais bibliotecas e um teatro, as igrejas e as drogas continuarão sendo os dois caminhos que dialogam com a adolescência e a juventude. Criati­vidade. Palavra que precisa ser ab­sorvida pelo Poder Público.


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