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Mandela, o homem da copa


Estamos na copa do Mundo. Não é preciso estar na África do Sul para prestigiar o maior evento esportivo de nossa era. Os meios de comunicações nos colocam dentro dos estádios, ruas e cidades. Poderemos ouvir as vuvuzelas dentro de nossas casas mesmo. Embora que chegará um dia em que o futebol perderá sua força, pois a humanidade sempre passa por mudanças e, mudando assim as culturas, sociedades, religiões, esportes entre outros. Quando acontecerá o apocalipse do futebol não sei e espero que leve alguns anos para acontecer. Doravante, é preciso ter muito respeito com o povo africano. Não podemos usar o mundial para novamente explorar o continente africano e depois ir embora. Em especial na África do Sul é hora de celebrá-la, olhar para a história daquele povo e aprender com eles também.

Nos mais modernos templos futebolísticos estarão na maioria das vezes jogadores de origem humildes e quem sabe hoje milionários. Por outro lado, as cadeiras serão preenchidas por pessoas de dinheiro. Há também quem teve a sorte grande de ir por uma promoção, sorteio ou através de suas economias. Mesmo assim, sem o recurso financeiro não se chega à África do Sul. Um país não diferente de seu continente nas desigualdades sociais e econômicas. Gostando ou não, as nações agora são obrigadas a olharem para o povo africano. Tomará que possamos nos sensibilizar nos quesitos que nos envergonham e através do esporte aprender que somos iguais, enquanto nossa natureza humana.

Os Bafana Bafana estão longe de apresentar um futebol competitivo, embora que, como se diz, é dentro do campo que se ganha. Contudo, a maior vitória é sem dúvida sediar o mundial. Por conseguinte, gostaria de falar de alguém que não está nem no banco da seleção sul-africana, mas já correu muito por aquele país. Nelson Mandela. Que após 27 anos de prisão, deixou-a para acabar com o regime racista do Apartheid, que começou em 1948, e liderar uma transição política e evitando uma guerra civil na África do Sul. Foi no dia 10 de maio de 1994, aos 75 anos, que Mandela se tornou o primeiro presidente negro de seu país. Mandela obteve conquistas importantes como: tirou da legislação o ranço segregacionista e, nova constituição; consolidou a democracia; reformas econômicas e profissionalização do turismo e a mineração. Em 1999 deixa o mandato e permanece como um semideus para os seus conterrâneos.

Os 31 dias de bola rolando têm como por finalidade alimentar o sonho dos brasileiros de chegar ao possível hexa. O povo de todo continente africano viverá o sonho – mesmo estando convivendo com seus dramas –, de ser a terra da copa do Mundo. Ainda assim, muitos países vizinhos olharão – África do Sul – nesse tempo em que brancos e negros são apresentados pela mídia como iguais, depois de longos confrontos; e enxergarão que a África do Sul conseguiu dar um grande passo. Liderada por Nelson Mandela, a África do Sul venceu batalhas e hoje mostra para o mundo que também sabe fazer esporte e que suas forças encontram-se no seu próprio povo.

José de Souza Júnior

é graduado em Filosofia pela Unifebe/Brusque e mestrando em Ciencias Politica -UFSCar/São Carlos/SP

Contato: js_junior@yahoo.com.br


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