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Por um mundo melhor


Os embustes são logo percebidos quando a intuição está atuante. Assim, os que tentam simular situações ficam transparentes aos olhos penetrantes do homem intuitivo. Com esse olhar, ele percebe os caminhos não transitáveis. Aquele que consegue livrar seu coração da falsidade alcança o poder de distinguir o falso do verdadeiro nos outros. Ele não se deixa enganar, pois não engana a si mesmo, e os trapaceiros querem ficar longe dele.

Os seres humanos que alcançaram o sucesso nos empreendimentos só conseguiram porque tinham a capacidade de examinar interiormente o conjunto de conhecimentos adquiridos e, assim, tomar as decisões acertadas, inspirados pelas intuições, que os destacaram por grandes realizações. Seria esse o caso do empresário norte-americano Donald Trump, que disse recentemente numa entrevista para uma revista nacional que decidiu fazer negócios no Brasil porque seu instinto mostrou que agora seria um bom momento, e dificilmente essa sensação falha?

O magnata anunciou, ainda, que vai começar investindo na construção do maior complexo de torres comerciais do Brasil - o Trump Towers Rio de Janeiro. O valor total de vendas pode chegar a R$ 6 bilhões. Aos investidores, desejosos de dar sua contribuição para o progresso e auferir bons resultados, temos de apresentar nossas boas-vindas.

O desenvolvimento econômico deveria acompanhar o modelo equilibrado da natureza, produzindo benefícios e beleza. No documentário “Home, a nossa casa”, produzido em 2009 pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, solo, água, florestas e ar se apresentam interligados pela vida. As belas imagens aéreas de vários lugares da Terra mostram, através da diversidade, como o planeta foi gestado em milhões de anos para possibilitar a existência humana; no entanto, a humanidade, em sua restrição mental, muitas vezes não percebe que não passa de simples hóspede no milagroso planeta e está ameaçando romper o equilíbrio ecológico que assegura a sustentabilidade.

No Brasil, como em outras regiões, também nos descuidamos da relação entre florestas e áreas urbanas. Forçamos a transferência da população do campo para a cidade. Não preservamos as nascentes. Poluímos os rios, tudo sob a ótica da moderna economia. Deste jeito, não há como evitar a falta d’água. Agora, há que se manter o pouco que restou e ampliar as áreas florestais, recuperar e preservar os rios. De um país dito abençoado, agora tendemos para o caos.

Necessitamos de administradores públicos preparados para gerir a natureza e as finanças no sentido do benefício geral. Esperamos que eles não usem de má-fé, assumindo dívidas cujo resgate não será problema deles e, muitas vezes, aplicando mal ou desviando verbas, pois assim agindo se tornam duplamente culpados. Como impedir que façam isso? Como responsabilizá-los pela improbidade?

O pensamento e as decisões de cada indivíduo são formados, desde criança, por meio da própria vontade e de outros fatores que eles permitem que os influenciem de forma inconsciente ou não. Uma pessoa dominada pela inveja e insatisfação acabará pensando e agindo sobre essa base. Outra, que se preocupa com o bem geral, agirá com mais responsabilidade. São os sentimentos mais profundos que influem sobre o que pensamos e decidimos.

Está faltando a preocupação com o tornar-se humano. A educação não tem se voltado para isso; a sociedade se embrutece. Aquele que é dotado de coração generoso tem respeito pelo seu semelhante. A falta de consideração deriva do egoísmo, e este impele cada pessoa a sempre levar vantagem às custas do outro. Precisamos reconhecer as leis que regem a natureza para adequar a elas as bases do pensar da humanidade. Temos o dever de examinar o mundo em que vivemos e o sentido da vida para torná-la decentemente humana.

O autor é graduado pela faculdade de Economia e Administração da USP


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