Colunas


Por que a escola brasileira precisa da aprendizagem sistêmica?


*Aline Tosini

O sistema educacional brasileiro – e mundial – passa por quatro crises distintas que, a cada dia, tornam-se mais intensas. Tais crises refletem o cenário mundial: globalização, crescente urbanização, migrações, diferenças culturais – mais, e, principalmente, num país como o Brasil, onde a maior parte da população é formada por grupos miscigenados -, além das novas tecnologias de informação.

Porém, de que forma esses fatores afetam a educação no Brasil e no mundo? Como o próprio cenário mundial interfere de maneira muitas vezes negativa no cenário educacional?

De acordo com o relatório da pesquisa sobre o sucesso e fracasso escolar no ensino fundamental, desenvolvido pela Unesco/Brasil, com apoio do ministério da Educação e Cultura e do instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, é possível observar que, há pelo menos 60 anos, pouco tem sido feito para mudar o quadro de altas taxas de reprovação e evasão escolar.

Logo, se tal perspectiva se mantém por tanto tempo, precisamos contextualizá-la historicamente a fim de abolirmos a ideia de que essas problemáticas são naturais e, assim, não devem ser questionadas. Muito além do processo pedagógico, o fracasso escolar tem raízes econômicas e políticas que estão inseridas na história de cada aluno e que precisam ser levadas em conta. Contribuem para isso, entre outros fatores, o racismo ainda presente na sociedade, inclusive nas escolas; a desigualdade social e a ausência de habilidades sociais.

As mudanças da sociedade moderna e a transformação da família configuram o aluno com um perfil que se difere de gerações passadas. Envolver e motivar o aluno do século 21 – dinâmico, mas carente de habilidades sociais devido às transformações da sociedade atual e do perfil da família moderna – envolve não somente a atualização da prática pedagógica e a formação do professor, mas também a escolha assertiva da metodologia a ser aplicada na sala de aula.

A metodologia de ensino da aprendizagem sistêmica foi desenvolvida sob evidências científicas de que dois tipos de habilidades têm enorme influência sobre o sucesso pessoal e profissional de uma pessoa. O primeiro grupo de habilidades refere-se às capacidades cognitivas, aquelas relacionadas ao QI. Igualmente relevante, o segundo grupo apresenta habilidades emocionais, relacionadas à motivação e ao convívio social. Embora, por muitos, o segundo grupo seja considerado menos importante, no programa da aprendizagem sistêmica ele é visto de forma tão relevante quanto o primeiro.

Há mais de 30 anos, a aprendizagem sistêmica vem transformando a educação e a vida de muitos alunos ao redor do mundo. Suas experiências de sucesso comprovam que o desenvolvimento pleno dos alunos atinge pontualmente o desempenho escolar. Atualmente, o programa é adotado em países de diversos continentes, como Índia, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, México, China e Austrália.

* Aline Tosini é consultora de educação


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